20/08/20 11h54

Mercados na região de Rio Preto faturam R$ 3,6 bilhões

Farmácias e perfumarias registraram alta nas vendas em 5 meses

Diário da Região

O setor supermercadista foi o que mais faturou na região de Rio preto nos cinco primeiros meses deste ano. A constatação faz parte da pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio) de Rio Preto, que traz o faturamento real do varejo que, entre janeiro e maio, foi de R$ 10 bilhões. Somente o setor de supermercados movimentou R$ 3,689 bilhões no período, o que representa 36% do total.

Ainda assim, os valores são inferiores ao observados em igual período do ano passado. A redução no faturamento do setor, como um todo, foi de 15,2%, já que nos cinco primeiros meses de 2019 o comércio varejista de Rio Preto faturou R$ 11,8 bilhões. O setor supermercadista movimentou R$ 3,913 bilhões em igual período do ano passado.

Para o diretor do Sincomercio de Rio Preto, Orvasio Tancredi Júnior, a retração no volume movimentado tem total relação com pandemia, já que empresas que não são consideradas de serviços essenciais ficaram fechadas por cerca de 60 dias. "Entretanto, esses números poderiam ter sido ainda piores. Não fosse a possibilidade de trabalhar em delivery e drive trhu, o prejuízo teria sido maior que R$ 1 bilhão."

Em Rio Preto, mesmo durante a pandemia, o setor supermercadista vem mantendo investimentos ativos. Redes como Muffato, Kawakami, Amigão, Proença e Sam´s Club anunciaram a construção e inauguração de novas lojas na cidade, o que representa a geração de empregos num momento bastante difícil e movimentação da economia. O próprio setor é o maior empregador na cidade, com estoque de cerca de 7,4 mil trabalhadores.

O faturamento do setor supermercadista foi crescendo ao longo da pandemia. Começou janeiro em R$ 690 milhões; chegou a R$ 760 milhões em março e encerrou maio em R$ 800 milhões. "Em função da pandemia, o faturamento vem num movimento crescente, o que mudou um pouco nas últimas cinco semanas com o fechamento das lojas nos fins de semana em função do decreto municipal", afirmou o diretor regional da Associação Paulista de Supermercados (Apas), José Luis Sanches.

No carrinho do consumidor, um pouco de tudo, com destaque para bebidas e supérfluos como bolinhos, salgadinhos e acholatados, nesse caso para atender às crianças, que têm passado mais tempo em casa já que as aulas estão suspensas há meses. "Não fosse a queda em função do fechamento de fim de semana o crescimento real seria de 15%", afirmou Sanches.

Na segunda colocação do ranking do varejo regional aparece o setor de farmácias e perfumarias, com um faturamento de R$ 1,285 bilhão em cinco meses. O setor, inclusive, foi o único a registrar crescimento em relação ao movimentado no mesmo período do ano passado, de 22%, já que entre janeiro e maio de 2019, o faturamento foi de R$ 1,053 bilhão.

O faturamento do segmento explodiu março, com R$ 572,5 milhões. Foi quando começou a pandemia e as pessoas se viram assustadas com o que poderia vir pela frente. Em maio, o volume voltou ao que normalmente é movimentado, na casa de R$ 191,4 milhões. "Essas empresas não fecharam. Além disso, pessoas com algum sintoma - não necessariamente Covid - acabaram preferindo não ir para hospitais e optaram por ir às farmácias, daí o aumento no faturamento", explicou Orvásio.

Na terceira colocação aparece o setor de concessionárias de veículos, com faturamento de R$ 775 milhões em cinco meses. Depois da queda abrupta em abril, com R$ 77 milhões negociados, em maio o valor subiu para R$ 126 milhões. Um setor que praticamente não viu oscilações no período foi o de material de construção, cujas vendas se mantiveram estáveis e acumularam R$ 684,6 milhões no período.

Quem registrou reação em maio, depois que as lojas passaram a ficar abertas, foi o setor de vestuário, tecidos e calçados. O segmento movimentou R$ 21,9 milhões, contra R$ 4,7 milhões do mês anterior. Em cinco meses, o volume faturado foi de R$ 294,7 milhões.

Ranking

Com o resultado obtido em maio, a região de Rio Preto ficou na 11ª colocação entre as 16 do estado de São Paulo. Em maio, o volume movimentado foi de R$ 1,829 bilhão. As três primeiras colocações foram: São Paulo (R$ 14,5 bilhões); Osasco (R$ 5,7 bilhões) e Campinas (R$ 4,6 bilhões).

Na comparação com maio do ano passado, houve queda de R$ 215 milhões, já que no mesmo mês do ano passado a região havia faturado R$ 2,044 bilhões. A retração foi de 0,4% no período, de acordo com a pesquisa do Sincomercio.

Faturamento (R$)

   Autopeças e acessórios 214.002.073

   Concessionárias de veículos 775.092.318

   Farmácias e perfumarias 1.285.434.518

   Eletrodomésticos, eletrônicos e L.D. 387.308.974

   Materiais de construção 684.695.290

   Lojas de móveis e decoração 186.223.647

   Lojas de vestuário, tecidos e calçados 294.785.639

   Supermercados 3.689.081.910

   Outras atividades 2.492.643.059

 

Total 10.009.267.426

 

Período: acumulado entre janeiro e maio

 

Dados: - Sincomercio Rio Preto

 

Fonte: https://www.diariodaregiao.com.br/economia/2020/08/1203597-mercados-na-regiao-de-rio-preto-faturam-r--3-6-bilhoes.html