Mercado paulista de call center desacelera, mas ainda cresce 8%

Valor Econômico

As empresas paulistas de call center deverão faturar este ano R$ 6,4 bilhões (US$ 3,8 bilhões), ou um crescimento de 8% em relação a 2010. A estimativa é do Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark). O mercado paulista, segundo a entidade, responde por 38% do movimento da indústria em todo o país, que foi de R$ 10 bilhões (US$ 5,9 bilhões) no ano passado. "O setor vinha crescendo 17% ao ano nos últimos cinco anos. Em 2011 o mercado está se adaptando à economia", diz o presidente do Sintelmark, José Luiz Sanches. Ele se referiu ao cenário de aperto no crédito para conter o consumo e a inflação, que vai afetar as vendas do setor. As projeções de faturamento em 2011 incluem as empresas de call center controladas por operadoras de telefonia, apesar delas não pertencerem ao Sintelmark. São companhias como Contax (Oi) e Atento (Telefônica).

O mercado paulista de call center deverá registrar um aumento de 8% na contratação de trabalhadores, em relação ao ano passado. Atualmente, são 400 mil funcionários no Estado de São Paulo e 1,2 milhão no país, conforme o Sintelmark. Em todo o Brasil, a estimativa é a de geração de pelo menos 120 mil novas vagas no setor. De acordo com Braz, as empresas do setor destinam, em média, 7% do seu faturamento para treinamento de pessoal, percentual considerado baixo por ele. Por isso, Braz defende uma redução de impostos ou um corte nos gastos do governo federal.