27/02/08 10h55

Mercado interno sustenta crescimento da Cummins

Gazeta Mercantil - 27/02/2008

A própria Cummins - uma das maiores fabricantes de componentes automotivos do País - se surpreendeu ao fechar 2007 com uma produção de motores 10% maior. No início do ano, com a queda do dólar e a certeza de que suas exportações cairiam, a empresa chegou a anunciar que diminuiria a produção em 2007. As exportações, de fato, caíram. Foram dos US$ 168 milhões faturados em 2006 para US$ 155 milhões em 2007, queda de 7,7%. Mas a produção de motores subiu de 70 mil para 77 mil, e o faturamento - somadas vendas internas e externas - bateu US$ 994 milhões, alta de 34,5% sobre os US$ 739 milhões de 2006. "Contávamos com uma queda nas vendas totais, mas o mercado doméstico surpreendeu e reverteu essa demanda", disse o diretor sênior de mercado da Cummins, Luis Pasquotto. Os resultados positivos que a Cummins alcançou em 2007 se devem também aos US$ 26 milhões que a matriz, localizada em Indiana, EUA, aplicou no Brasil neste ano, para expansão de todos os setores. A área total ficou 25% maior. A produtividade da fábrica brasileira, situada em Guarulhos (SP), subiu de uma média de 300 motores ao dia para 344, alta de 15%. A Cummins passou a apostar mais no Brasil depois de sentir o potencial de crescimento do País. Até 2004, investia uma média de US$ 5 milhões ao ano. A partir de 2005, não investiu menos que US$ 20 milhões em cada um dos anos que se seguiram. Com isso, até a participação do Brasil no faturamento global da companhia, que está presente em mais de 160 países, cresceu. Saiu dos 5% em que estava acomodado para 7% em 2006 e 8% em 2007; além de ter crescido em uma velocidade duas vezes maior que o total da empresa, que faturou 15% mais em 2007, chegando a US$ 13 bilhões em todo o mundo.