06/12/07 11h42

Mercado interno faz indústria bater recorde

Valor Econômico - 06/12/2007

O consumo interno aquecido causou forte alta da produção da indústria brasileira em outubro. Com a renda e o emprego em alta e condições de crédito favoráveis, o setor respondeu além do esperado e a produção cresceu 10,3% em relação a outubro do ano passado, na maior taxa desde agosto de 2004, quando ficara em 13,3%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro deste ano, a produção subiu 2,8% em termos dessazonalizados, o maior aumento desde setembro de 2003, quando houve alta de 4,6%. "Em 2007, a dinâmica do desempenho industrial está muito associada à demanda interna, embora as exportações também apresentem bons resultados", disse o coordenador de Indústria do IBGE, Silvio Sales. O coordenador do instituto ressalta a generalização da expansão do setor - 23 dos 27 ramos pesquisados apresentaram alta sobre outubro de 2006 - e a robustez dos resultados. Não somente a indústria chegou ao maior nível de produção, como os bens de capital, intermediários e duráveis também bateram em outubro o maior nível produtivo da série histórica. Sales diz que a boa distribuição da expansão se reflete ainda no índice de difusão do crescimento entre produtos industriais abrangidos pela pesquisa. Em outubro, o índice ficou em 62,5% e no acumulado do ano, a média correspondeu a 64%, taxas bem acima dos 54,6% de 2006. Todos os gêneros industriais registraram expansão em outubro. O maior avanço ficou com os bens de capital, cuja alta chegou a 26,8% em comparação com outubro do ano passado, sinalizando a continuidade dos investimentos em máquinas e equipamentos. Todos os segmentos dos bens de capital tiveram acréscimo de produção, com destaque para os voltados para a agricultura (60,6%), energia (52,6%) e transporte (30,1%). Os bens de capital para fins industriais registraram aumento de produção de 13,2%. o ano, a indústria geral acumulou alta 5,9% e nos 12 meses encerrados em outubro, a expansão chegou a 5,3%.