08/01/20 14h48

Mercado de Trabalho: Indicador Antecedente de Emprego encerra 2019 em trajetória positiva

O IAEmp subiu 1,5 ponto, para 89,9 pontos, o maior nível desde abril (92,5 pontos). Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,8 ponto em dezembro de 2019, para 95,3 pontos

FGV

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) subiu 1,5 ponto em dezembro de 2019 para 89,9 pontos, o maior nível desde abril (92,5 pontos). Em média móvel trimestral, o indicador segue em trajetória positiva pelo segundo mês consecutivo, aumentando 0,9 ponto em relação ao mês anterior.

“O IAEmp encerra 2019 em trajetória positiva. Depois de passar por alguns meses sem mostrar uma reação clara, o indicador sugere que as expectativas para o mercado de trabalho se tornaram mais favoráveis no último trimestre. Contudo, o patamar ainda baixo do indicador mostra que ainda há um longo caminho pela frente e que o cenário de recuperação gradual se mantém para o início de 2020”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,8 ponto em dezembro de 2019, para 95,3 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, o indicador continua apresentando trajetória ascendente ao subir pelo terceiro mês seguido, desta vez em 0,8 ponto.

“A queda do ICD no mês não foi suficiente para recuperar a alta de novembro. Apesar disso, o resultado positivo de dezembro mantém a expectativa de redução lenta e gradual da taxa de desemprego nos próximos meses”, continua Rodolpho Tobler.

Quatro dos sete indicadores contribuíram positivamente para o resultado do IAEmp, com destaque para a Situação Atual dos Negócios no setor de Serviços, que subiu 5,0 pontos na margem.

No mesmo período, o aumento do ICD foi influenciado por três das quatro classes de renda familiar, com exceção das famílias que recebem entre R$ 4.800.00 e R$ 9.600.00, cujo resultado foi em sentido contrário. Em dezembro, as duas primeiras classes de renda familiar – renda de até R$ 2.100.00 e entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 – foram as que exerceram maior contribuição sob o ICD, ao variarem 1,6 e 2,5 pontos na margem.

O estudo completo está disponível no site.