27/07/09 10h38

Mercado brasileiro prepara-se para invasão de lojas on-line de aplicativos

Valor Econômico

A internet vem se transformando em um gigantesco shopping para os fabricantes de telefones celulares e sistemas operacionais. Com suas lojas personalizadas de aplicativos, o setor passou a enxergar no espaço virtual mais uma forma de seduzir o usuário, seja para reter quem já é cliente ou para atrair novos usuários a um determinado aparelho, operadora ou sistema operacional.

Essa competição promete ficar agitada no Brasil nos próximos meses. Até o fim do ano, a canadense Research in Motion (RIM) e a coreana LG pretendem abrir as portas de suas lojas de aplicativos no país. A Microsoft também promete apresentar, no segundo semestre, o "Windows Marketplace for Mobile", conforme anunciado em fevereiro por Steve Ballmer, executivo-chefe da companhia.

Outras estreias já estão marcadas. A Nokia deve inaugurar a versão em português de sua Ovi Store no início de 2010. Também no ano que vem chegam as versões brasileiras da Play Now Arena, da Sony Ericsson, e da Palm Store, da fabricante de aparelhos móveis Palm.

Newton Pontes, diretor de desenvolvimento de negócios da Nokia, afirma que as lojas de aplicativos tornaram-se um modelo bem-sucedido porque oferecem vantagens para toda a cadeia - de fabricantes a consumidores. Elas são um ponto de encontro para o usuário localizar os aplicativos de seu interesse e para o desenvolvedor expor seus produtos. Ao criar uma comunidade, comenta Pontes, o fabricante estimula o desenvolvimento de aplicativos para sua plataforma. A receita obtida com a venda de um determinado software é compartilhada entre a Nokia e o desenvolvedor do produto.

A LG começou a apostar nas lojas de aplicativos recentemente, com a estreia de sites - ainda em fase de testes - na Austrália e em Cingapura. Para a empresa, o maior benefício em abrir uma loja local é sua capacidade de atrair os interesses dos consumidores daquele país. "A ideia é trabalhar com a comunidade de desenvolvedores local porque ela tem mais a ver com a cultura daquele mercado", diz Marcus Daniel, diretor da área de celulares da LG no Brasil.