07/11/12 09h46

Mendonça de Barros analisa crescimento regional

A Tribuna

A Baixada Santista tem tudo para continuar crescendo acima da média nacional nos próximos anos. A afirmação é de um dos maiores economistas do Brasil, José Roberto Mendonça de Barros, membro do conselho de administração do banco Santander, Bovespa, Tecnisa e Febraban, que participou do lançamento do caderno de projetos da TV Tribuna para 2013. Mendonça de Barros foi secretário Nacional de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

De acordo com o especialista, a chegada da Petrobras a Santos e a expansão do Porto são fatores fundamentais para que a região esteja em situação privilegiada diante de uma possível crise econômica que o País venha a enfrentar, por conta das dificuldades enfrentadas pela Europa. Para Mendonça de Barros, o petróleo tem demanda e retorno garantidos, o que pode render uma situação mais confortável à região. “Você precisa gastar bilhões para produzir petróleo e gás natural e isso gera um efeito multiplicador”, diz. “O Texas, mesmo com a seca e os problemas econômicos nos Estados Unidos, continua crescendo acima da média do País”, complementa sobre o impacto do petróleo no estado.

O principal desafio para Santos, segundo o economista, é otimizar o que já está pronto. “A cidade tem turismo, setor portuário forte, um mercado promissor (petróleo). Um aeroporto, como vem sendo proposto na Base Aérea de Santos, dará um ótimo upgrade para a região”.

A falta de áreas disponíveis para grandes obras em Santos também foi lembrada pelo economista. Segundo ele, a solução já foi encontrada: a verticalização. “Santos não tem áreas para uma indústria de equipamentos de petróleo, como tem no Rio de Janeiro. A cidade precisa investir em qualificação de mão de obra e pesquisa. Isso já garante um excelente retorno”.

Os primeiros passos já foram dados. Até 2015 estão previstos dois novos espaços para desenvolvimento de projetos do setor: o Centro de Pesquisa Tecnológica em Petróleo e Gás da Baixada Santista (Cenpeg/BS) e os laboratórios da Fundação Parque Tecnológico. Ambos os prédios serão construídos em uma área livre do antigo Colégio Santista.