08/06/10 10h21

Melitta põe na rua plano de elevar vendas a US$ 555,6 milhões

Valor Econômico

Dona da segunda marca de café mais consumida no Brasil, a alemã Melitta começa neste ano a colocar em prática um dos seus planos mais audaciosos. Nos próximos sete anos, a subsidiária brasileira pretende elevar em mais de 50% seu faturamento no país e entrar para a lista de empresas com vendas da ordem de R$ 1 bilhão (US$ 555,6 milhões). Para isso, o grupo alemão precisará crescer em média 7,2% ao ano até 2017, abaixo do desempenho registrado pela empresa no ano passado. Em 2009, a empresa teve um faturamento de R$ 665 milhões (US$ 337,6 milhões), crescimento de 11% em comparação ao resultado de 2008 e acima do mercado nacional, que avançou 4%. Desse total, 65% foram provenientes da venda de café, 30% de acessórios, como coadores de papel, suporte para coador e jarras e 5% de papéis industriais. Com isso, a subsidiária do Brasil se consolida como a segunda mais importante do grupo, atrás apenas da Alemanha, com uma participação de 19% do faturamento global, que foi de € 1,2 bilhão em 2009.

"O crescimento do ano passado foi o sétimo consecutivo, mesmo dentro de um ambiente de crise que ainda estava no ar", diz Bernardo Wolfson, presidente da Melitta do Brasil. Segundo ele, a projeção para 2010, por enquanto, é de um crescimento de 6%, baseado no aumento da participação da marca Melitta, que ainda tem presença pequena em alguns mercados, e na expansão geográfica da marca Bom Jesus, adquirida em 2006, e que também deve se tornar nacional. Além do trabalho para aumentar da presença das marcas Melitta e Bom Jesus no mercado, Wolfson não descarta a possibilidade de nova aquisições para reforçar a expansão.

Para sustentar esse crescimento, a Melitta elevará em mais de 70% seus investimentos em ativos. No ano passado foram aplicados R$ 7 milhões (US$ 3,6 milhões) para aquisição de equipamentos e modernização das unidades de produção e neste ano o desembolso será de pelo menos R$ 12 milhões (US$ 6,7 milhões) para expandir a capacidade de produção de suas três unidades de produção - Avaré (SP), Guaíba (RS) e Bom Jesus (RS). "Estamos muito otimistas com o crescimento econômico do Brasil e com o setor de café. Sabemos que o Brasil será uma das maiores economias do mundo e queremos participar disso", diz o presidente.