Megaterminal em Santos avança para sair do papel e deve gerar mais de mil empregos
Justiça manteve licença prévia para complexo porto-ferroviário na Área Continental
A TribunaMais um passo foi dado no sentido de ver instalado, na Área Continental de Santos, um megaterminal multipropósito, em um complexo porto-ferroviário que pretende criar 1.500 empregos e movimentar até 20 milhões de toneladas por ano. Na semana passada, a Justiça confirmou a validade da Licença Prévia nº 399/2011 concedida ao Terminal Portuário Brites (TPB), consolidando a regularidade ambiental do empreendimento, um projeto da Triunfo Participações e Investimentos.
O terminal contará com integração ferroviária e rodoviária, visando eficiência logística e redução do tráfego de caminhões nas estradas. O TPB está localizado na área conhecida como Largo de Santa Rita, entre as ilhas Barnabé e Bagres, na margem esquerda do estuário do Porto de Santos.
A infraestrutura do terminal incluirá quatro berços de atracação, sendo um para cada perfil de carga (celulose, fertilizantes, líquidos e grãos), com um dos berços projetado para receber navios com até 18 metros de calado.
Dorival Pagani Júnior, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Triunfo, pontua que a localização atende à demanda futura de carga, sendo afastada dos centros urbanos, mitigando gargalos logísticos. Além disso, diz, com operação ferroviária, o impacto nas estradas fica minimizado.
Pagani e o diretor-presidente da empresa, Carlo Alberto Bottarelli, estiveram ontem no Grupo Tribuna, onde foram recebidos pelo diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, pelo diretor comercial do Grupo Tribuna, Demetrio Amono, pelo consultor para assuntos portuários do grupo, Maxwell Rodrigues, e pela gerente de projetos, Arminda Augusto.
Cronograma
Os acessos rodoviários ao novo terminal serão pela Ilha de Barnabé, pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni e Rio-Santos. Já o aquaviário será pelo canal de navegação do Porto, área nas bacias de evolução e giro e área de manobra e atracação.
O acesso ferroviário é via ramal operado pela MRS, contando ainda com ramais internos e um túnel. Além disso, será construída uma pera ferroviária, cruzando oito linhas ferroviárias que receberá trens com até 80 vagões.
Carlo Bottarelli estima que agora, com a manutenção da licença prévia (LP) e já com a ação tendo tramitado em definitivo, a empresa poderá avançar no detalhamento das providências para obtenção da licença de instalação (LI), etapa que antecede a licença de operação. “Tudo caminhando conforme previmos, devemos dar início às obras no final de 2026 e, como são ao menos três anos de obras, a previsão é de entrar em operação em 2029”.