Medida argentina deve elevar vendas de eletrônicos, diz indústria
Folha de São PauloO fim da obrigatoriedade de uma autorização do governo argentino para exportar eletrônicos para o país facilitará as vendas, mas entidades brasileiras divergem quanto a seu impacto a curto prazo.
O governo Macri publicou, no fim de 2017, uma resolução que revoga as chamadas licenças não automáticas para a importação de itens como celulares e eletrodomésticos.
Dos US$ 55,4 milhões (R$ 178,7 milhões) importados pelo país em 2017, cerca de 24% (US$ 13,1 milhões) precisaram da permissão, segundo a CNI (confederação da indústria).
"A medida demonstra uma integração maior com o Mercosul e impactará o setor de manufaturados brasileiro", diz Carlos Abijaodi, da CNI.
"O prazo entre o fechamento do negócio e o embarque levava até 200 dias. Sem essa barreira melhora muito, cai para 45 dias", afirma Lourival Kiçula, presidente da Eletros (associação dos fabricantes de eletroeletrônicos).
A Abinee, que representa também a indústria de componentes, não considera que a decisão tenha um efeito significativo para o Brasil.
O motivo é que, como em alguns desses itens não é cobrado imposto de importação, a alteração beneficia exportações de países como a China.