MDIC anuncia expansão do programa Brasil Mais Produtivo
Agência CT&ILançado em 13 estados, o programa Brasil Mais Produtivo entrará em fase de expansão. A nova etapa foi anunciada pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. Além das três mil vagas já disponíveis no programa, o Brasil Mais Produtivo ofertará mais 300 vagas e agregará um novo setor, o de Equipamentos Médicos e Odontológicos.
A iniciativa já apoia 3 mil empresas do setor Moveleiro, Confecções e Calçados, Alimentos e Bebidas e Metalmecânico. Ao todo foram destinados R$ 50 milhões e com a expansão das vagas ofertadas será acrescido R$ 4,5 milhões de investimentos na iniciativa. As empresas participantes do Brasil Mais Produtivo recebem uma consultoria especializada para que reduzam as formas mais comuns de desperdícios no processo produtivo.
A intervenção dura cerca de três meses. A meta inicial é de melhorar a produtividade em 20%, mas os primeiros resultados do programa, lançado neste ano, já apontam um ganho médio de 56,5%. Os benefícios também podem ser medidos por outros indicadores. Entre as primeiras indústrias atendidas, foi identificado aumento médio em qualidade da produção de 48,2%. O índice se refere à redução do retrabalho dentro da firma.
“O que nós precisamos agora é de mais competitividade por meio de juros mais baratos, crédito no mercado e menos burocracia. Um dos maiores patrimônios do Brasil é a indústria. O País não tem desenvolvimento sem o crescimento da indústria”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
O MDIC estuda a ampliação do programa Brasil Mais Produtivo em mais duas etapas. A próxima linha de expansão deverá abordar a Eficiência Energética das Indústrias. De imediato, a proposta é reduzir desperdícios de energia dentro da indústria. Em um segundo momento, o objetivo é buscar eficiência energética de forma global dentro da firma, por meio da análise e melhorias no consumo de recursos de produção, no chão-de-fábrica. A abordagem terá como base as premissas da ISO 50001.
A metodologia do programa será testada, inicialmente, em um projeto piloto, que contemplará 48 empresas de seis setores (oito por setor). Serão selecionadas indústrias de pequeno e médio portes com atividades nas áreas de Metalmecânico, Alimentos, Transformados Plásticos, Cosméticos, Cerâmica Vermelha e Têxtil. Para a execução do projeto, foram destinados R$ 1 milhão em recursos do MDIC.
A terceira fase do projeto de expansão contempla os instrumentos de Manufatura Avançada. A proposta é aumentar a produtividade e proporcionar um salto qualitativo para as empresas atendidas. Com a participação de oito a dez empresas, será realizado um projeto piloto, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para elaborar, testar e aprimorar a metodologia. Serão destinados R$ 1,5 milhão em recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) ao projeto.