17/12/07 10h41

Margem cresce em 2007 com escala e ganhos de eficiência

Valor Econômico - 17/12/2007

A combinação de aumento de produtividade, ganho de escala e redução de despesas financeiras (por conta do real valorizado em relação ao dólar e juros mais baixos) garantiu às indústrias de capital aberto uma melhora nas suas margens de lucro até setembro. Um estudo elaborado pela Economática com base nos balanços divulgados por 250 empresas listadas na Bovespa revela que a margem líquida média das companhias aumentou 38,9% nos nove primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. A margem operacional (que revela a eficiência da empresa antes do pagamento dos impostos) também subiu e passou de 16,5% para 17,9% na mesma comparação. Esses ganhos foram obtidos com aumentos pouco expressivos nos preços da maioria dos setores. Até setembro, o Índice de Preços Industriais no Atacado (IPA-Industrial) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiu 2,55% - e 3,38% até novembro. A margem líquida média ficou em 10,7%, ante 7,7% em 2006. O cálculo mostra a relação entre o lucro líquido e a receita líquida do período. A amostra não incluiu as empresas financeiras, grupos que abriram o capital neste ano, nem Petrobras, Eletrobras e Vale, que têm peso considerável nos setores em que atuam. Pelo estudo, a receita líquida das empresas aumentou 7,9%, para R$ 379 bilhões (US$ 213 bilhões), e o lucro líquido cresceu 49,4%, para R$ 40,5 bilhões (US$ 22,8 bilhões). De 16 setores avaliados, 13 tiveram aumento de margem. Os incrementos mais significativos foram obtidos pelas indústrias químicas (64,99%), transportes e serviços (31,58%), telecomunicações (21,19%), energia elétrica (21,18%), veículos e peças (20,24%). Houve queda apenas nas áreas têxtil (55,16%), comércio (4,41%) e construção (2,89%).