03/06/09 14h35

Marcos regulatórios em outros países ditarão rumos do etanol

DCI - 03/06/2009

Brasil e Estados Unidos apostam em projetos de etanol em países da América Central e Caribe para internacionalizar o produto. Os primeiros estudos feitos depois da assinatura do acordo bilateral de cooperação em biocombustíveis com base em pesquisas nessas regiões, firmado em 2007, começam a ser apresentados aos governos locais e a expectativa agora é a de que seja estabelecido um movimento de marcos regulatórios que irá ajudar a fazer do etanol uma commodity. No mercado interno, o Brasil aguarda a definição de novos marcos que limitem a expansão da lavoura de cana-de-açúcar para ganhar mercados.

Segundo Cleber Guarany, coordenador dos projetos de biocombustíveis da unidade de projetos da Fundação Getulio Vargas (FGV), é grande a potencialidade da América Central e Caribe na implementação de programas de bioenergia. A capacidade de produção de etanol dos projetos desenvolvidos em países como a República Dominicana chegam a 400 milhões de litros por ano.

Para ele, a produção de bioenergia nesses países é um caminho sem volta pela necessidade de empregabilidade e independência do combustível fóssil. "É evidente que esse movimento vai ajudar a estabelecer o etanol como commodity mundial", avalia.

De acordo com Guarany, outros países deverão normatizar o setor de bioenergia, facilitando a expansão do Brasil no comércio mundial. "Coreia do Sul, Japão e Suécia irão estabelecer um marco regulatório. Os países vão fazer isso ou por força da questão ambiental, pela necessidade energética, ou para melhorar sua balança comercial com países produtores e o Brasil acaba se inserido no aumento de demanda como grande player abastecedor desse mercado", afirmou.