Marcas menores entram no mercado de café em cápsula
Folha de S. PauloPuxado por marcas pequenas, o café em cápsula ganhou espaço no mercado brasileiro. O volume do produto vendido no país cresceu 52,4% de 2013 para 2014, mostra pesquisa encomendada pela Abic (associação do setor).
"Há um ano, eram cerca de oito companhias com opções próprias. Hoje, após as empresas menores entrarem no segmento, são mais de 70", diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da entidade.
"Essa mercadoria é uma alternativa importante para empresas de porte menor. Elas podem atuar em um segmento de valor agregado maior do que o do café de todo dia", lembra Herszkowicz.
Quando uma cafeteria aposta no produto, costuma comercializá-lo nas próprias lojas, pela internet e em supermercados. O Fran's Café, por exemplo, lançará suas cápsulas até o fim deste ano.
"Leva-se quase um ano para chegar ao café ideal", diz João Augusto Penna, gerente-geral da rede. "A ideia é que o consumidor tenha em casa a mesma experiência de degustação que ele encontra em uma de nossas lojas."
"A forma de tomar café mudou, as pessoas buscam produtos especiais e querem ter acesso, a qualquer hora, a um expresso de qualidade", afirma Cristiano Almeida, executivo da Suplicy Cafés.
A empresa, que concentra a maior parte dos investimentos no Sudeste, entrou nesse segmento em fevereiro e agora vai lançar mais duas opções de cápsulas até meados de novembro.
"A tendência mundial de mercado é o consumo dessa modalidade de café associada a uma rede de cafeterias de qualidade. O consumidor nacional também tem se sofisticado", acrescenta.