13/04/10 10h11

Marca União vai batizar achocolatado "premium"

Valor Econômico

Há um ou dois anos, quando se pensava em Cosan, imediatamente, se remetia a açúcar e álcool, áreas em que a empresa já é a maior do mundo. Desde o ano passado, no entanto, essa imagem passou também a ficar fortemente ligada à área de distribuição de combustíveis, quando a empresa comprou os postos da Esso, depois, os da Petrosul e, mais recentemente, anunciou a negociação com a gigante Shell. Outras áreas estratégicas também vêm ganhando força, como a de logística, com a Rumo, que tem plano ambicioso de investimento e elevado potencial de ganho. Mas, a novidade que está por vir é que a companhia tem planos também arrojados para a área de ingredientes alimentícios, cujos produtos chegam a agregar de duas a seis vezes mais valor do que o açúcar tradicional.

O primeiro alvo da companhia será o mercado de achocolatados, no qual a empresa quer ser, pelo menos, a terceira maior do País, atrás apenas das líderes Nescau (Nestlé) e Toddy (PepsiCo). "Nosso foco é ser o terceiro 'player' mais forte em achocolatados", diz o vice-presidente da Cosan, Colin Butterfield, que há um mês assumiu a dianteira da Cosan Alimentos. A empresa já tem em seu portfólio o achocolatado da marca Da Barra. Mas com uma participação em vendas ainda "pequena", diz o executivo, sem citar números.

A estratégia é fazer um reposicionamento do achocolatado, que teria uma mistura mais premium, adicionando-se mais cacau, por exemplo. O produto passaria a ter a marca União, que é percebida pelo consumidor como uma grife tradicional e líder do mercado de açúcar. A União foi adquirida no ano passado juntamente com os ativos do grupo sucroalcooleiro Nova América, na época em dificuldade financeira. É a primeira do setor, com 30% do mercado, em suas diversas linhas - de açúcar de confeiteiro a açúcar light, além do tradicional refinado, segundo Melchiades Terciotti, diretor da Cosan. Portanto, com a incorporação, a Cosan, que já tinha 10% do mercado com a marca Da Barra, ficou com quase metade das vendas de açúcar no país. "A marca União é 'premium'. Já a Da Barra tem um posicionamento de preço pelo benefício que entrega. A ideia agora é aproveitar as oportunidades para criar mais valor aos nossos produtos com a marca União", diz Terciotti.