Marabraz abrirá mais lojas em shoppings e mira classes A e B
A rede tem hoje cerca de 90% de seus pontos em ruas
Folha de S.Paulo*Mercado Aberto - Maria Cristina Frias
A varejista de móveis Marabraz vai voltar a expandir sua rede de lojas em 2019. A empresa deverá inaugurar ao menos dez pontos no estado de São Paulo, com prioridade para operações em shoppings.
“Sempre tivemos mais lojas de rua, mas mudamos o olhar porque temos notado um forte movimento dos consumidores em direção a grandes centros comerciais”, afirma Abdul Fares, sócio responsável pela área financeira.
A companhia, que não revela sua receita, tem hoje 90% de seus 130 pontos nas ruas.
A estratégia de vendas da empresa, que sempre atuou com mais força junto à classe C, tem sido diversificar o perfil de seus clientes para atingir públicos com maior renda.
“Aumentamos muito a gama de produtos para ampliar o leque de consumidores. Temos guarda-roupas de R$ 300 e também de R$ 4.000. Hoje atendemos também as classes A e B”, diz o sócio Nader Fares, que chefia a área comercial.
PÓS-CRISE
As vendas da companhia no primeiro semestre deste ano cresceram 12% em relação ao mesmo período de 2017.
A projeção é que a alta chegue a 15% na segunda metade do ano. No ecommerce, a varejista estima incremento de 90% em 2018.
“Nos anos de 2016 e 2017, optamos por reduzir a margem de lucro para não termos queda forte de receita porque o consumidor ficou ainda mais atento ao preço. Agora, o tíquete médio voltou a patamares pré-crise”, diz Nader.
PROCESSO JUDICIAL
A Marabraz passa por um imbróglio societário desde o início deste ano, quando o ex-sócio Fabio Fares pediu na Justiça para reaver sua participação na marca. Ele teria vendido suas cotas aos irmãos em 2006.
Na ação, ainda não julgada, ele alega que a venda foi simulada. Os sócios atuais negam e dizem que Fabio recebeu o valor correspondente à operação.
2.200
são os funcionários