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Malha paulista abre espaço para ALL crescer na carga industrial

Gazeta Mercantil – 13/08/2008

Aumentar o transporte de produtos industrializados é a meta da América Latina Logística (ALL) para os próximos dois anos. Atualmente, 30% do que é movimentado pelos trilhos da companhia são cargas industrializadas. O diretor financeiro e de relações com investidores, Sérgio Pedreiro, explicou que com a malha da antiga Brasil Ferrovias o transporte de grãos passou a ser mais representativo nos resultados da companhia. Até a compra da empresa, a ALL mantinha uma média de 50% de cargas industrializadas. "Teremos muitas oportunidades principalmente na malha paulista. Investimos muito para aumentar a capacidade de transporte desse trecho", disse Pedreiro. No segundo trimestre, o volume transportado de produtos industrializados cresceu 14%, com aumento em todos os segmentos, com destaque ao crescimento de cimento e combustíveis. "Continuamos nossa trajetória de crescimento nos volumes intermodais, com aumentos de 19% em alimentos, 17,3% em florestais e 13,8% em contêineres. Nos fluxos exclusivamente ferroviários, as cargas de construção obtiveram um incremento de 18,4%", afirmou Pedreiro. No primeiro semestre a ALL transportou no País, 16 bilhões de toneladas por quilômetros úteis (TKU), volume 18,2% superior ao movimentado no mesmo período de 2007. O executivo acrescentou que a ALL já investiu R$ 325 milhões (US$ 207 milhões) no primeiro semestre deste ano, sendo que a maior parte dos recursos foram aplicados na malha da Brasil Ferrovias. Por ano, a ALL prevê investir R$ 700 milhões (US$ 446 milhões). A alta da safra agrícola impulsionou os resultados da ALL no segundo trimestre deste ano. A companhia apresentou lucro líquido consolidado de R$ 105 milhões (US$ 66,9 milhões), valor 91,6% superior ao apurado no mesmo período do ano passado, quando a companhia lucrou R$ 55,3 milhões (US$ 28,7 milhões). A ALL Brasil apresentou crescimento de 87,7% no lucro, passando de R$ 58,8 milhões (US$ 30,5 milhões) para R$ 110,4 milhões (US$ 70,3 milhões). Já a receita líquida foi de R$ 673,5 milhões (US$ 429 milhões) ante R$ 538,9 milhões (US$ 279,2 milhões) no segundo trimestre de 2007, crescimento de 25%. O Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguéis de ativos) registrado no período foi de R$ 376,7 milhões (US$ 240 milhões), 22,5% superior ao segundo trimestre de 2007. O Ebitda registrou um crescimento de 30,6%, para R$ 336,4 milhões (US$ 214,3 milhões), devido à diminuição de aluguéis de vagões.