19/08/09 11h10

Makro aproveita o câmbio e aumenta compra para o Natal

DCI

As taxas mais atrativas de câmbio colaboraram para que o maior atacadista do País, o Makro, investisse mais na compra de artigos importados, que brevemente estarão à venda nas prateleiras das 69 unidades da companhia. Para este Natal, a expectativa é que itens como bebidas, perecíveis e não-alimentos tenham aumento no faturamento durante o período mais fértil das vendas no comércio. De acordo com Rubens Batista Júnior, presidente da rede pertencente à holandesa SHV, as negociações com os fornecedores nacionais também estão adiantadas.

Depois de contabilizar quase R$ 5 bilhões (US$ 2,6 bilhões) em ganhos no ano passado, a companhia reduziu para no máximo 13% a meta de crescimento para o ano; anteriormente eram cogitados 20%. "A desvalorização do preço das commodities e a queda da venda de não-alimentos ocasionada pela crise levou-nos a revisar alguns números", disse Batista Júnior. O orçamento deste ano foi definido em julho de 2008 e levava em consideração um crescimento de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) e 4,5% de inflação.

Otimista, o executivo do Makro vislumbra que este ano o PIB brasileiro fique ainda no "zero a zero". Nas próximas semanas será finalizado o planejamento para 2010, que neste momento considera um cenário macroeconômico básico composto por crescimento de 3% do PIB e pelos mesmos 4,5% de inflação. Apesar da disparidade entre o cenário atual e o desenhado no passado, o investimento em expansão não será revisto.

"Abriremos dez unidades este ano, totalizando 75, o que consumirão R$ 240 milhões (US$ 126,3 milhões), provenientes de caixa próprio", afirmou Batista Júnior. Sem detalhar o desempenho no primeiro semestre, o presidente da rede sinalizou que o Makro registrou alta de um dígito se considerada a mesma base de lojas, e de dois dígitos em relação ao lucro líquido. Em 2008, foram abertas oito lojas com R$ 195 milhões (US$ 106,6 milhões).