10/08/09 11h34

Maior leilão de flores muda de endereço

O Estado de S. Paulo

Às seis da manhã, o movimento já é intenso na área de leilões da Cooperativa Veiling Holambra, em Santo Antônio de Posse, vizinha a Holambra, no interior paulista. Responsável pela comercialização de cerca de 30% das plantas e flores consumidas no Brasil, a cooperativa faz os últimos ajustes no novo espaço para a venda da produção. A inauguração oficial será em setembro, mas desde 27 de julho o maior leilão de flores e plantas do País mudou de endereço.

Os R$ 60 milhões (US$ 31,6 milhões) gastos no projeto representam o maior investimento feito até hoje pela indústria de flores e plantas. Vão resultar em um ganho de produtividade por causa da maior rapidez nas negociações, no aumento da área de refrigeração, onde a produção é armazenada antes e depois dos leilões. As câmeras frigoríficas trabalham com duas variações de temperatura: de 4° a 8° e de 17° a 20°. Antes, só 30% da produção era armazenada sob refrigeração.

Cerca de 300 compradores de todo o País participam dos leilões. Sentam-se em duplas diante de painéis eletrônicos individuais, enfileirados em uma plateia em plano inclinado que facilita a observação minuciosa das mercadorias. Começa o desfile. Funcionários dirigem carrinhos elétricos apinhados de plantas e flores. O preço mínimo, dado pelo produtor, é anunciado em um dos dois painéis (os "klocks"). Os compradores disputam para levar as melhores plantas pelo menor preço.

Os 300 cooperados da Veiling colhem por ano entre 210 milhões e 215 milhões de unidades (vasos, no caso das espécies plantada, ou dúzias, quando se trata de espécie de corte, como as rosas). Há desde os produtores pequenos, que faturam na faixa dos R$ 100 mil (US$ 52,6 mil) por ano, aos maiores, que chegam a uma receita de R$ 10 milhões (US$ 5,26 milhões).