24/09/09 10h42

Magazine Luiza volta aos planos de crescimento

O Estado de S. Paulo

Um ano depois de ter estreado em São Paulo, exatamente quando estourou a crise financeira internacional, em setembro de 2008, com a quebra do banco americano Lemann Brothers, o Magazine Luiza diz não se arrepender da investida na capital paulista. A rede já conquistou um milhão de clientes no maior mercado consumidor do País. A cidade de São Paulo representa hoje 14% das vendas da empresa. Para este ano, a perspectiva da companhia como um todo é ampliar o faturamento em 20% ante 2008 e atingir R$ 3,8 bilhões (US$ 2,1 bilhões).

"Nossa meta original era alcançar o ponto de equilíbrio e começar a ter lucro em São Paulo só no último trimestre. Mas conseguimos isso no segundo trimestre", afirma o diretor de Vendas e Marketing da rede, Frederico Trajano. "São Paulo dá volume de vendas. Foi um ótimo negócio." A empresa iniciou as operações em São Paulo com 44 lojas, seis a menos do que previa. Hoje tem 52 lojas e acredita que possa chegar a 60 até o fim do ano.

Em janeiro deste ano, com o cenário incerto, ele disse ao Estado que estudava ajustes na companhia. De fato, Trajano admite que tirou o pé do acelerador no primeiro trimestre. "O conservadorismo foi necessário porque o consumo estava desaquecido. Mas voltamos a contratar em junho." Até agora foram abertas 450 vagas em toda a rede, sem contar as contratações em decorrência da rotatividade normal da mão de obra.

A virada do mercado de consumo ocorreu com o corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em abril. Em maio, ele diz ter começado a visitar lojas e a observar que havia clientes que não estavam sendo atendidos. "Estávamos com subcapacidade". O diretor calcula que perdeu vendas por causa dessa cautela, mas diz que a correção já foi feita. Tanto é que as vendas de agosto foram melhores que as de maio.