10/12/10 11h43

Magazine Luiza cresce 32% e terá mais 50 lojas

Valor Econômico

Nem a restrição à oferta de crédito, a partir da recente iniciativa do Banco Central de elevar as alíquotas do depósito compulsório, nem o possível aumento da taxa básica de juros (Selic) em 2011, são capazes de abalar o crescimento do mercado de móveis e eletroeletrônicos no ano que vem, na opinião do superintendente do Magazine Luiza, Marcelo Silva. "Mais importante do que a taxa Selic é a taxa de emprego, o que interessa para manter a confiança do consumidor na economia", diz o executivo, que planeja abrir 50 lojas em 2011, contra 27 inauguradas este ano.

Um terço dos novos pontos de venda (17) deve ser aberto na Grande São Paulo e a maioria dos demais no Nordeste, onde a empresa desembarcou no fim de julho, com a compra da rede paraibana Lojas Maia. As vendas deste ano vão saltar 32%, para R$ 5 bilhões (US$ 2,94 bilhões), considerando apenas o Magazine Luiza. Com a rede Maia (cujos números serão contabilizados a partir de agosto), as vendas sobem para R$ 5,3 bilhões (US$ 3,1 bilhões) este ano. "Para 2011, acreditamos que as vendas de Luiza devem crescer 20% e, da Maia, 50%", diz Silva. Hoje, são 611 lojas em 16 Estados. Segundo o executivo, a meta é preparar o Magazine até junho para abrir o capital. "Vamos usar os recursos para financiar a expansão", diz Silva, sem revelar a fatia da empresa que será colocada à venda. O plano é encerrar 2015 com mil lojas. Atualmente, 12% das ações da rede, controlada pela família Trajano, são do fundo de private equity Capital Group.

Hoje será inaugurada a segunda loja conceito da rede, na Marginal Tietê, zona norte de São Paulo. No endereço também funciona o novo escritório de negócios do Magazine Luiza, para onde foram transferidos todos os diretores e cerca de 300 funcionários que moravam em Franca (SP), cidade que ainda é oficialmente a sede da empresa. "Mas todas as decisões passam a ser tomadas aqui em São Paulo", diz a presidente da rede, Luiza Helena Trajano. Em Franca, ficaram áreas de apoio como recursos humanos, tecnologia e contabilidade. "Vamos criar lá uma central de telemarketing e relacionamento com o consumidor, com 400 postos de atendimento", diz Luiza.