22/10/10 11h10

Lwart Lubrificantes investirá US$ 135,3 mi para modernizar produção

DCI

A Lwart Lubrificantes, especializada em coleta e rerrefino de óleos lubrificantes usados, deverá fazer aportes no valor total de R$ 230 milhões (US$ 135,3 milhões) na compra de tecnologia, equipamentos e serviços para modernização de sua planta industrial de Lençóis Paulistas (SP). O objetivo da empresa é produzir é viabilizar o processamento de 150 mil metros cúbicos por ano de óleos usados. Há 35 anos no mercado, a empresa conta com 300 caminhões de coleta de óleo e processa 12 milhões de litros de óleo por mês. Além da unidade paulista, a Lwart Lubrificantes conta com uma planta em Feira de Santana (BA).Segundo a empresa, a nova estrutura e o atendimento de um mercado que ainda é 100% importador no Brasil permitirão um incremento de 25% em cinco anos da receita da Lwart Lubrificantes. "A empresa tem como meta de atender a demanda crescente por óleos básicos de alta qualidade, fruto do grande avanço tecnológico de motores e equipamentos", afirma o diretor-geral da Lwart Lubrificantes, Thiago Trecenti. Batizado de Projeto H, o investimento em modernização possibilitará o uso de tecnologia de hidroacabamento ou hidrotratamento. "Este é um processo químico no qual o hidrogênio reage na presença de um catalisador, removendo contaminantes e imperfeições da estrutura molecular dos hidrocarbonetos que compõem o óleo básico, possibilitando um produto de melhor qualidade", explica o diretor. Para viabilizar o projeto, a empresa pretende utilizar cerca de 80% de equipamentos fabricados no Brasil.O Projeto H permitirá à fábrica produzir tanto os óleos minerais básicos do Grupo II quanto os do Grupo I, atualmente já manufaturados na planta. "Essa flexibilidade depende apenas do ajuste do tratamento com hidrogênio e da demanda do mercado brasileiro por produtos mais nobres, o que é a nossa maior expectativa", destaca Thiago Trecenti. Outro ponto positivo do avanço da empresa está relacionado a questões ambientais do processo. "Com essa tecnologia, vamos gerar menos subprodutos de baixo valor agregado, diminuiremos o consumo de água e eliminaremos a necessidade de alguns insumos, como o ácido sulfúrico", explica o diretor da empresa.O Brasil ocupa a quinta colocação mundial em consumo de óleos lubrificantes (1,25 milhão de metros cúbicos por ano) e a primeira na América Latina. Em 2009, a importação de óleos básicos do País foi de 315 mil metros cúbicos.