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Lucro do Bradesco tem alta de 11,4% e bate recorde

Folha de S. Paulo - 08/05/2007

A continuidade da expansão da carteira de crédito ajudou o Bradesco a ter mais um trimestre de lucro bilionário. Nos primeiros três meses de 2007, o maior banco privado do país computou lucro líquido de R$ 1,705 bilhão (US$ 838,3 milhões) -11,4% acima do registrado no mesmo período de 2006. O resultado superou também o lucro do último trimestre do ano passado, que foi de R$ 1,62 bilhão (US$ 744,1 milhões). A carteira de crédito do banco (incluindo avais e fianças) saltou de R$ 97,818 bilhões (US$ 44,9 bilhões) em março de 2006 para R$ 122,355 bilhões (US$ 60,2 bilhões) em março deste ano, um crescimento de 25,1%. A expansão da carteira dos grandes bancos nos últimos anos veio acompanhada de um aumento da inadimplência, resultado da crescente massificação do crédito. Com o Bradesco, esse processo não foi diferente. Com a inadimplência em níveis elevados, o saldo de PDD (provisão para créditos de liquidação duvidosa) subiu de R$ 5,31 bilhões (US$ 2,44 bilhões) no 1º trimestre de 2006 para R$ 6,77 bilhões (US$ 3,33 bilhões) em março deste ano. Para ajudar a manter o ritmo de crescimento de sua carteira de crédito no ano, o Bradesco está atento às oportunidades oferecidas por parcerias com o varejo. O banco já dispõe de 23 dessas parcerias, como a feita com a Casas Bahia, e pretende fechar pelo menos mais seis nos próximos meses. O banco projeta uma expansão entre 20% e 25% na carteira de crédito em 2007. Além do contínuo crescimento da carteira de crédito, que tem se destacado pelo menos nos últimos dois anos, o lucro do banco também teve relevante participação do setor de seguros (31% do resultado total) e o de serviços (inclui as tarifas bancárias e taxas de administração), que representou 29% do lucro da instituição. A receita com prestação de serviços alcançou os R$ 2,559 bilhões (US$ 1,26 bilhão) no fim do 1º trimestre, um considerável aumento de 25,4% em relação ao mesmo período de 2006. As ações preferenciais do Bradesco tiveram alta de 1,3% no pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo.