Lucro cai, mas aporte é mantido na Schincariol

DCI - 24/04/2008

O Grupo Schincariol inaugura em maio, em Horizonte, no Ceará, sua 13ª cervejaria. Com a nova fábrica, a capacidade de produção total da Schincariol chega a 4 bilhões de litros ao ano, incluindo cerveja, refrigerantes, sucos e água. Esta capacidade é considerada suficiente, mas a empresa não descarta a abertura de uma 14ª planta no Centro-Oeste para melhorar a distribuição. "Essa nova unidade teria um impacto positivo nos custos de distribuição", disse Fernando Terni, presidente executivo da empresa. A informação foi dada ontem, quando o grupo divulgou seu balanço de 2007. A Schincariol teve receita bruta de R$ 4,5 bilhões (US$ 2,33 bilhões), resultado 24,5% superior ao de 2006. O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) somou R$ 297,6 milhões (US$ 154,2 milhões), com redução de 28,7% ante o ano anterior. O lucro líquido foi R$ 114,1 milhões (US$ 59,1 milhões), ante R$ 152,9 milhões (US$ 70,2 milhões) em 2006. A queda, tanto no Ebitda quanto no lucro líquido, é explicada pelos investimentos feitos pela empresa em 2007, como a compra da cervejaria Nobel, no Nordeste, da Baden Baden e da marca Devassa, no Sul e no Sudeste, e de 20 revendas distribuidoras. Para este ano, a previsão da empresa é novamente de crescimento, mesmo com obstáculos previstos: aumento no preço do alumínio (para as latas), da energia elétrica e das matérias-primas. Desde o mês passado, queixa-se a Schincariol, a concorrente AmBev está usando novas garrafas de vidro, diferentes das tradicionais usadas por todos os fabricantes, provocando o rompimento do sistema de intercâmbio de embalagens adotado pela indústria cervejeira há décadas.