29/09/10 13h35

Lowe abre agência para ponto de venda

Valor Econômico – 29/09/10

Entre as agências de publicidade internacionais com parceria local, a Lowe, do grupo inglês Interpublic, tem sido analisada pelo mercado como um destaque à parte. Nos últimos cinco anos, a companhia, que se uniu à brasileira Borghierh em 2006, passou da 30ª colocação para a quinta posição entre as maiores agências do Brasil. A forte expansão de clientes ligados à área de consumo, como Hyundai, Unilever e Ambev teve peso nessa escalada.

Por conta dessa expansão, a Lowe + Partners decidiu criar um novo braço de negócios. A empresa anuncia hoje no Brasil a criação de uma agência focada na área de varejo, a Open. Ela prestará serviços na área de promoção em pontos de venda, ações em eventos e de marketing de guerrilha (aquele que promove atividade promocional inusitada com o objetivo de gerar repercussão entre os consumidores), entre outras atividades.

A nova unidade da Lowe terá atuação em apenas oito países, a maioria deles em economias emergentes, como China, Índia, Tailândia e Polônia. Na lista das regiões escolhidas, apenas a Inglaterra foi selecionada entre os países desenvolvidos - a Lowe tem sede em Londres. Foram seis meses de estudos para o lançamento do negócio. "Não queríamos perder a chance de criar algo novo no Brasil", disse ao Valor, ontem por telefone, o CEO mundial da Lowe, Michael Wall. "Achamos que o país tem um ambiente ideal hoje para um investimento em varejo. Além disso, nossos clientes nessa área estão pedindo trabalhos com padrões de qualidade global em todos os países onde atuamos", diz.

No Brasil, a companhia será formada por uma equipe de 30 pessoas que já trabalhava internamente na Borghierh/Lowe. É provável que a companhia, sediada no escritório da Lowe em São Paulo, tenha uma sede própria, futuramente. É uma forma de dar maior independência para a empresa. A questão é que uma agência não atende duas empresas de um mesmo segmento. Ao se tornar independente, a Open passa a prospectar diferentes clientes daqueles ligados à Lowe. "Nunca vamos trabalhar com contas muito conflitantes, mas obviamente essa separação pode nos trazer ganhos", diz Adriano de Carvalho, principal executivo da Open no Brasil.