31/10/11 15h09

Lorena vai ser polo formador de engenheiros em São Paulo

O Vale

Lorena vai se transformar em um polo formador de engenheiros para o mercado de trabalho e a área de pesquisa com a abertura de novos cursos e investimentos previstos para 2012.

Atualmente, a cidade oferece 340 vagas em cursos de engenharia, sendo 240 delas públicas e gratuitas na EEL (Escola de Engenharia de Lorena), unidade da USP (Universidade de São Paulo), e o restante no Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), particular.

Para o ano que vem, serão abertas 420 vagas no ensino superior e 200 de tecnólogo tendo a engenharia como condutor principal.

Além dos atuais cursos de engenharia Química, Bioquímica e de Materiais, a USP abrirá os cursos de engenharia Física, Ambiental e de Produção, em um total de 120 vagas.

O Unisal será ainda mais ousado. Vai abrir quatro novos cursos de engenharia: Civil, da Computação, Elétrica e Eletrônica e Automação e Controle. Serão ofertadas 150 vagas na Civil e 50 em cada um dos outros cursos, totalizando 300 alunos.

Hoje, o Unisal conta apenas com o curso de Engenharia de Produção, com 100 alunos. Em 2012, além da faculdade, o centro abrirá dois cursos para tecnólogos: Logística e Gestão de Pessoas, com 200 vagas.

Parceria.

Não é coincidência que ambas as instituições de ensino terão novos cursos de engenharia em 2012. Haverá parceria entre elas a ponto de compartilharem laboratórios, programas e outros projetos.

"O trabalho conjunto leva à complementaridade. Como somos voltados para a área técnica e a USP para a pesquisa, juntaremos nossas vocações", disse Fábio José Reis, diretor de Operações em Lorena do Unisal.

Demanda.

Segundo o diretor da EEL, Nei Fernandes de Oliveira Junior, os planos da USP são de instalar e ampliar vagas em cursos de engenharia a partir de 2013, como de Mecânica, que já está montado e pronto para ser apresentado à universidade, e o de Materiais, que pode ter duplicado o número de vagas disponíveis.

"As universidades precisam atender a demanda do mercado por novos engenheiros. Trata-se de uma situação nacional que a USP percebeu, procurando oferecer uma resposta em São Paulo", disse o professor.

De acordo com a direção da USP, a instituição está investindo R$ 100 milhões em Lorena com a abertura dos cursos, construção de laboratórios e reforma na estrutura.

E não só o número de estudantes será ampliado, mas o de professores também. A USP planeja contratar 75 docentes, de acordo com a necessidade do plano de expansão, para dedicação exclusiva, aplicando parte do tempo em projetos de pesquisas. Outros 17 professores serão selecionados por causa do avanço dos cursos existentes.

A avaliação da USP e do Unisal é que mais engenheiros atrairão mais empresas.