15/04/08 10h51

Logística prioriza expansão na América do Sul

DCI - 15/04/2008

O fortalecimento de segmentos econômicos como o automotivo, de eletrônicos, farmacêutico e o de commodities agrícolas, tem impulsionado os operadores logísticos a expandir sua atuação na América do Sul, ainda que esbarrem em entraves como as greves ocorridas no Brasil e na Argentina. É o caso do Expresso Araçatuba, que pretende alavancar os negócios mais de 70%, com o transporte internacional de cargas, bem como da Ryder Logística, que anuncia operações na Colômbia, e também da Columbia, que fortalece sua atuação nas fronteiras. A Tegma Gestão Logística, por sua vez, vê sua operação na Venezuela tomar corpo, enquanto a Ceva Logistics sente o aquecimento dos negócios com a Argentina, além de mirar em novos mercados sul-americanos. Com a atuação focada nas Regiões Centro-oeste e Norte brasileiras, o Expresso Araçatuba anuncia que vai investir na ampliação de sua estrutura internacional, para crescer em 72% o faturamento neste ano. Para isso, a empresa comprou 30 carretas, que vão operar para fora do País, dando impulso aos negócios entre Brasil, Argentina e Bolívia. "A concentração dos negócios nas Regiões Sul e Sudeste brasileiras faz com que o Mercosul se torne relevante nos negócios." Foi o que disse Nivaldo Tuba, diretor da Columbia, operadora logística. "Além disso, a empresa administra operações aduaneiras das duas maiores fronteiras terrestres em Uruguaiana (RS) e Foz do Iguaçu (PR)", contextualizou. A Columbia possui ainda uma unidade no Paraguai, próxima à capital, Assunção, onde as atividades estão concentradas no segmento agrícola em operações de armazenagem e monitoramento de cargas.No Mercosul, a operadora atende ainda aos setores eletroeletrônico, farmacêutico, químico e de telecomunicações. No caso da Ryder Logística, a aposta está no início das operações para a Colômbia. No mercado sul-americano, a empresa atua na Argentina, onde é responsável por 8% de toda a carga que cruza a fronteira entre o Brasil e o território argentino, onde são mais de duas mil as viagens por mês. Há também outras operações, como no Chile. Outra que vê o amadurecimento das operações na América do Sul é a Tegma, com o recente início das operações para a Venezuela, no transporte de veículos zero-quilômetro. Hoje, a empresa atua, além de no Brasil, no Uruguai, na Argentina e no Paraguai. O negócio no território venezuelano é fruto da associação entre a Tegma com a Promotora Quinta Rueda C.A., grupo investidor formado por empresários venezuelanos do ramo automobilístico. Na nova companhia, a Tegma tem 25% de participação nos negócios. De olho nas boas oportunidades da região sul da América, a Ceva, Divisão de Contratos Logísticos, acredita que o segmento automotivo dará asas ao aumento dos negócios, principalmente para ares argentinos. A Ceva tem planos ambiciosos em relação à expansão dos negócios: avançar em 10% sobre os R$ 430 milhões (US$ 223 milhões) faturados em 2007. O plano da empresa é dobrar os negócios para R$ 800 milhões (US$ 457,1 milhões), dentro de cinco anos.