18/10/07 10h23

LLX tem projeto de US$ 2 bi em Peruíbe

Valor Econômico - 18/10/2007

O Superporto Brasil, a ser instalado em Peruíbe, no litoral Sul de São Paulo, com investimentos de US$ 2 bilhões, foi desenhado pela LLX Logística, do empresário Eike Batista, para mudar a matriz logística do Brasil. Quando entrar em operação no início de 2012, o megaporto, que ocupará área total de 12 mil hectares, vai receber grandes navios de contêineres que hoje não atracam nos portos brasileiros. O porto, situado em ilha a três quilômetros da costa, irá operar com alta produtividade, podendo carregar e descarregar os super navios de contêineres em seis horas. O porto terá berços para atracação de sete navios e deve receber equipamentos de última geração, além de ter calado de 18,5 metros. A meta é que em uma primeira fase o Superporto Brasil movimente quatro milhões de TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) por ano. O volume de contêineres previsto para o terminal é significativo se for considerado que, em 2006, o Brasil movimentou quatro milhões de unidades de contêineres, crescimento de 10% sobre 2005. O Superporto Brasil funcionará como terminal privativo de uso misto, atendendo cargas próprias e de terceiros, o que depende de autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O processo de autorização foi encaminhado à Antaq, que exige cumprimento de uma série de exigências, entre as quais a mais importante é a licença ambiental. O plano do grupo é conseguir a licença de instalação do Superporto no início de 2009 para começar as obras no mesmo ano. A construção também exigirá negociação com a Funai para remoção de um grupo de índios tupi-guarani que ocupam a área, mas não são originários do local. A reserva ambiental da Juréia, próxima ao porto, não deverá ser impedimento para o licenciamento ambiental porque entre ela e o complexo portuário se localiza a cidade de Peruíbe.Peruíbe vai facilitar o escoamento da produção de minério de ferro do sistema Corumbá da MMX, empresa de mineração do grupo de Eike Batista. O grupo já negocia com a ALL Logística, cuja malha ferroviária passa pela área do Superporto Brasil e se estende de Bauru (SP) até Corumbá (MS). A idéia é que, a partir de 2012, possam ser transportadas via ferrovia 10 milhões de toneladas de minério de ferro que hoje são exportadas via hidrovia Paraguai-Paraná. O Superporto Brasil será ligado ao continente por uma ponte de três quilômetros que fará a ligação com uma retroárea onde poderão se instalar indústrias servidas por logística de última geração.