19/04/10 11h34

Líder no Rio, Rede D Or estreia em São Paulo

Valor Econômico

A Rede D ' Or, maior rede de hospitais e laboratórios do Rio de Janeiro, fechou a compra do Hospital e Maternidade Brasil (HMB), de Santo André. Com a aquisição, o grupo inicia suas operações no Estado de São Paulo. A transação, negociada durante seis meses, não teve seu valor divulgado. Segundo José Roberto Guersola, vice-presidente da rede D ' Or, esta é a primeira aquisição no mercado paulista e outras virão. "Já temos outros hospitais paulistas em análise e faremos novas compras, inclusive na capital", disse Guersola. A rede D ' Or iniciou suas operações no ramo de laboratório, em 1977. Desde então fez uma série de aquisições, principalmente no Rio. No ano passado, o grupo atingiu faturamento de R$ 1,15 bilhão (US$ 583,8 milhões). Ao todo são 44 unidades de exames da rede Lab's (inaugurada em 1988) e 14 hospitais próprios ou sob sua administração. O HMB passa a fazer parte desta lista.

Fundado há 44 anos por um grupo de dez médicos, o HMB era controlado até hoje por nove de seus criadores. Todos os sócios venderam a participação no hospital. A gestão do hospital, no entanto, segundo Guersola, não sofrerá mudanças e o quadro de funcionários segue inalterado. Nos próximos meses, a rede D' Or vai injetar R$ 10 milhões (US$ 5,6 milhões) na reforma de um dos andares do Hospital Brasil que estava fechado. O objetivo é ampliar a capacidade de atendimento, com mais 25 leitos. Ao todo, o HMB tem cerca de 220 leitos.

A aquisição Hospital e Maternidade Brasil, afirma Guersola, foi a maior das dez compras já realizadas pelo grupo. "O faturamento atual do HMB é de R$ 250 milhões (US$ 138,9 milhões) e nossa expectativa é de que salte para R$ 300 milhões (US$ 166,7 milhões) no ano que vem", comentou. O porte do hospital de Santo André se equipara ao do Copa D' Or, inaugurado há dez anos em Copacabana, na zona sul do Rio. Até 2011, a rede pretende inaugurar mais três hospitais no Rio, sendo um na zona norte, outro em Niterói e mais um em Caxias, na Baixada Fluminense, cada um com cerca de 500 leitos. Segundo uma pessoa próxima ao HMB, os sócios do hospital paulista não tinham planos de vender a operação, mas a proposta foi irrecusável.