04/05/11 11h24

Licitação em aeroportos fica para o fim do ano

Valor Econômico

O governo quer licitar as obras para expansão dos principais aeroportos do país até o fim deste ano. Os modelos de licitação serão definidos no prazo de 30 a 60 dias para os aeroportos que trabalham no limite da capacidade. Segundo Gustavo do Vale, presidente da Infraero, o governo analisa diferentes opções para entrada da iniciativa privada, de concessão a parceria público-privada (PPP).

A prioridade está centrada na definição dos editais de licitação para os terminais de aeroportos que foram anunciados pelo comando do governo nas últimas semanas: Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Campinas (SP). Em seguida, será definida a ampliação de Galeão (RJ) e Confins (MG). Segundo o presidente da Infraero, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda precisa concluir os estudos de viabilidade antes de a Anac elaborar os editais. "Acredito que até o fim do ano, se o processo (de licitação) tiver completo, nós não teríamos nenhum problema para construção desses terminais até 2014", afirmou.

O governo conseguiu dar um primeiro passo em sua estratégia de aproximação com o setor privado para resolver os problemas de infraestrutura dos aeroportos. Ontem, executivos das companhias aéreas Avianca, Azul, Gol, TAM e Webjet tiveram o primeiro encontro com o ministro da recém-criada Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, em Brasília. Durante a reunião, que também foi acompanhada pela diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Infraero, empresários e governo decidiram dar as mãos para buscar soluções imediatas que possam melhorar as operações nos aeroportos de Cumbica, em São Paulo, e Brasília.

Segundo Líbano Barroso, presidente da TAM, ficou estabelecido que serão montados grupos de trabalho para estudar formas de melhorar as operações dos aeroportos. Cumbica e Brasília vão funcionar como modelos para outras iniciativas. Os empresários afirmaram que a entrada das companhias aéreas em construção de aeroportos e terminais não foi tratada durante a reunião, mas o interesse das empresas é claro. Pedro Janot, presidente da Azul, disse que ainda é preciso conhecer a proposta do governo, mas que sua empresa certamente vai entrar no negócio. A participação das companhias aéreas na construção de aeroportos, comentou, é situação comum em países da Europa e nos EUA.