03/01/08 12h08

Leilões de freqüência de celular puxam crescimento

Gazeta Mercantil - 03/01/08

Ao contrário de 2007, que começou tímido e experimentou aquecimento gradual ao passar do tempo, 2008 promete desde os primeiros dias se tornar um ano de crescimento importante no mercado de telecomunicações. Essa perspectiva está apoiada nos leilões realizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os quais licitaram as faixas de freqüência que sobraram do Serviço Móvel Pessoal (SMP) e a terceira geração (3G), em dezembro último, acredita o vice-presidente da Ericsson, Carlos Duprat. "Como as operadoras móveis vão implantar redes de banda larga ainda no primeiro semestre, as teles fixas tendem a correr atrás e multiplicar por dois ou três as taxas de velocidade de suas próprias redes", disse Duprat referindo-se à opticalização. Todas as operadoras já estão testando a fibra, cada qual na área de abrangência de sua concessão. Enquanto isso, entre as celulares o momento é de contratar fornecedores de terceira geração (3G). Há processos em andamento para aquisição de redes de praticamente todas as operadoras. A TIM contratou a Ericsson para implantar a rede em São Paulo. A Claro e a Telemig, que já têm 3G funcionando na faixa de 850 Mhz, têm contrato em andamento com Ericsson e Huawei. Enquanto isso, Vivo, Oi e Brasil Telecom ainda não divulgaram a definição de seus fornecedores, mas é sabido que os processos estão em andamento. Além das redes de terceira geração, há algumas de segunda geração sendo compradas, como a da Claro na Amazônia, a da Vivo no Nordeste e a da Oi em São Paulo. Tudo isso aquece o mercado de telefonia móvel, lembra o presidente do site especializado em telecomunicações Teleco, Eduardo Tude. Segundo as previsões do Teleco, a relação entre o número de habitantes e o de telefones celulares (teledensidade) deve ser ampliada dos atuais 60% para 75% até o final do ano.