Lei municipal estimula demanda
Gazeta Mercantil - 06/12/2006
Projeto aprovado de aterrar cabos aumentará negócios de empresas de serviços para tele. Com decreto publicado há um mês, o projeto para transportar os 180 mil quilômetros de fios e cabos nos postes da cidade de São Paulo para baixo da terra torna-se agora uma grande promessa de negócios para as empresas de serviços de infra-estrutura telecomunicações. Segundo as exigências definidas pela Prefeitura, as companhias responsáveis pelos cabos - como os de telefonia da Telefônica, das operadoras de TV a cabo e os de energia da Eletropaulo, - precisam substituir pelo menos 5 mil quilômetros por ano. Apenas os custos relacionados à energia, que deverão ficar a cargo da Eletropaulo, somarão US$ 55 bilhões a US$ 58 bilhões. Como o plano de São Paulo é de longo prazo, também é possível que novas tecnologias substituam certos cabos, como é o caso do muito comentado padrão Wimax, que permite a transmissão a 50 quilômetros de distância (em campo aberto) por antena de internet banda larga sem a necessidade de fios. O objetivo da Prefeitura é diminuir a poluição visual, mais próxima do que ocorre nas principais cidades dos países desenvolvidos, e melhorar a segurança. O prazo para o aterramento de todos os cabos é 2030, mas as empresas podem diminuir esse período, para até cinco anos, se fizerem a uma velocidade de 25 mil quilômetros de fios por ano, em vez do mínimo de 5 mil. Há estimativas que seriam necessários 35 mil operários para fazer nesse ritmo, transformando a cidade em imenso canteiro de obras.