14/07/07 14h30

Lei deve dobrar venda de aquecedor solar

Folha de S. Paulo - 14/07/2007

A aprovação da lei municipal que obriga as novas construções paulistanas a terem aquecedores solares deve fazer o faturamento de um mercado concentrado em cem empresas dobrar a partir do ano que vem. Essa é a expectativa da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento), que prevê aumento de 25% no faturamento do setor neste ano, graças à lei 14.459 de 3 de julho de 2007, que exige a instalação do equipamento em novas construções -no caso das residenciais, naquelas que tenham mais de três banheiros. No primeiro trimestre, a expansão foi de 12%. O impacto mais elevado deve ficar com as três maiores empresas do setor, que têm cerca de 30% do mercado nacional, segundo a Abrava. Os próprios empresários dizem que há capacidade de expansão, mas restrita a quatro ou cinco fábricas. De acordo com o diretor do departamento nacional de aquecimento solar da Abrava, Carlos Felipe da Cunha Faria, o setor é concentrado geograficamente porque precisa estar próximos aos clientes. O Estado de São Paulo reúne 50 das 100 fábricas de aquecedores do país, mas a maior parte é de pequenas e médias indústrias, segundo Faria. Apesar da concentração estadual, a cidade de São Paulo tem apenas dez edifícios com aquecimento solar, perdendo para Belo Horizonte na relação entre área instalada de aquecedores e o número de habitantes. Para Faria, a aprovação da lei deve fazer essa condição mudar nos próximos anos.