07/04/10 15h05

Legrand quer crescer 15% no Brasil, de olho em fatia maior no BRIC

DCI

A promessa de crescimento da construção no Brasil tem incentivado empresas a investir mais no País. "Os aportes no Brasil têm sido um pouco superiores à média global da empresa", contou o presidente do grupo francês Legrand no Brasil, André Vidal. A empresa é especializada em sistemas de instalações elétricas, de voz, dados e imagens - a meta é crescer 15% os negócios em 2010, por isso o grupo acaba de aplicar R$ 15 milhões (US$ 8,3 milhões) no desenvolvimento de uma linha de produtos denominada Nereya, da marca Pial Legrand, além de ampliar a oferta de produtos para atender o novo padrão brasileiro de plugues e tomadas que entrará em vigor gradativamente nos próximos anos. A empresa direciona hoje cerca de 5% de faturamento próximo aos 3,6 bilhões de euros ao desenvolvimento de novas linhas e a ações que reforcem a participação do grupo no países em desenvolvimento, como os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). "Hoje os emergentes são responsáveis por 30% dos negócios globais do grupo, mas daqui a 20 anos podem corresponder a 50%", projetou Vidal, durante a 18ª Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon-Batimat).

Para o executivo, apesar dos efeitos da crise econômica ainda persistem na Europa e nos Estados Unidos, o desempenho da companhia em meio a turbulência foi satisfatório por conta da descentralização dos negócios da pelo mundo. Vidal também afirmou que a empresa está preparada para abastecer o mercado brasileiro nos próximos meses e deve difundir seus lançamentos a partir do Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Brasília, entre abril e maio. Segundo ele, os produtos desenvolvidos aqui poderão atender o mercado da América Latina, no futuro. As plantas fabris da Legrand estão distribuídas pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas e São Paulo. Ao todo, a empresa está presente em cerca de 15 mil pontos-de-venda.

Outra que está de olho nos novos projetos da construção civil brasileira é a Lorenzetti. Especializada em duchas e metais sanitários, a empresa insere no mercado este mês, a marca Fortti, com o objetivo de oferecer produtos voltados a faixa de consumo C e D, segmento em que companhia pretende aumentar sua participação. Com o novo negócio, o faturamento da empresa deve ultrapassar os R$ 630 milhões (US$ 350 milhões) em 2010, o que significa um salto de 16% em relação aos ganhos verificados no ano passado, quando a empresa cresceu 8%. A fabricante teve de desembolsar R$ 38 milhões (US$ 21,1 milhões).