Leader busca fabricante para marca própria

Valor Econômico

A Leader gerou curiosidade no mercado ao colocar no final de semana anúncios em jornais convidando fornecedores a contatarem novo escritório que a varejista está abrindo na capital paulista. O presidente da Leader, Robson Gouvêa, diz que a iniciativa deve-se ao crescimento das vendas: "Estão quase chegando ao patamar de 2008", diz ele. E a estratégia é ampliar o leque de produtos nas lojas.

"Há muitos fornecedores em São Paulo. Avaliamos que deveríamos estar lá presentes para buscar novas oportunidades", diz Gouvêa. A proposta é criar marcas próprias na área de confecção, malharia, para homens, mulheres, jovens e crianças, além de objetos de decoração, calçados, acessórios. Cada fornecedor tem que produzir uma média mensal mínima de 50 mil peças e a Leader não pretende trabalhar com microempresas.

Gouvêa espera crescimento entre 10% e 12% nas vendas neste fim de ano. Para ele, estes percentuais significam uma retomada em relação ao fim do ano passado, quando havia insegurança do consumidor frente à crise financeira. Ele disse que vai investir R$ 20 milhões (US$ 11,6 milhões) em 2010 e abrir seis lojas. Já está certo que serão três em Salvador e as outras três no Rio de Janeiro e Pernambuco. "Ainda estamos fechando os locais, buscando oportunidades e é cedo para dizer onde exatamente vamos nos instalar", informa.

Com 45 lojas em oito Estados, a Leader vende vestuário, cama e mesa e utilidades para o lar. O grupo familiar foi fundado em 1951 e faturou R$ 778 milhões (US$ 452 milhões) em 2008. Segundo Gouvêa, os novos investimentos serão realizados com recursos próprios e verba que ele vai buscar no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).