Laboratório da Roche soma R$ 40 mi em investimentos
Panorama FarmacêuticoInaugurado em maio deste ano, o laboratório da Roche especializado em controle de qualidade demandou um aporte de R$ 40 millhões. O montante abrange investimentos locais e também da matriz da indústria farmacêutica na Suíça.
A redação do Panorama Farmacêutico realizou uma visita exclusiva à unidade, baseada no bairro do Jaguaré, na zona oeste de São Paulo. O espaço pode parecer modesto, mas o objetivo do laboratório é analisar a maior gama de amostras com o mínimo necessário de material.
“Tínhamos duas preocupações quando desenhamos a planta. Ao usar o menor número possível de amostras sem interferir na qualidade dos testes, garantiríamos maior disponibilidade do produto aos pacientes e reduziríamos nosso impacto ambiental no descarte”, relata Ana Maria Resende, líder de qualidade na Roche.
25% das importações passam pelo laboratório de controle de qualidade
Única unidade do gênero mantida pela Roche no Brasil, o laboratório é responsável por realizar uma nova análise de cerca de 25% dos medicamentos que chegam da matriz.
“De acordo com a legislação, o re-teste aplica-se apenas a moléculas sintéticas, como comprimidos, cápsulas e xaropes, por exemplo. Quando falamos de medicamentos biológicos, a qualidade é garantida por meio da validação da cadeia de transporte”, explica Liana Oliveira, diretora de assuntos regulatórios, qualidade e agilidade.
Os carregamentos chegam, inicialmente, ao CD da farmacêutica localizado em Aparecida de Goiânia (GO). De lá, vêm para São Paulo, onde serão analisados.
O processo, que compreende armazenagem, análises e descarte, leva de 12 a 19 dias, a depender do composto e da quantidade de testes que precisam ser realizados.
Laboratório da Roche conta com espaço ‘coringa’
Aqueles que visitam o laboratório podem estranhar alguns espaços vazios nas bancadas compreendidas entre o maquinário. Mas isso não se trata de nenhum erro na distribuição. Muito pelo contrário, é um movimento pensando no futuro.
“Pensamos esses espaços para que, a partir da chegada de uma tecnologia, estivéssemos prontos para adequar os novos equipamentos”, esclarece Liana.
Além dessas “vagas” na parte já ativa do laboratório, existe também uma área “extra” na construção, com mais 300 m². “Entendendo nosso DNA inovador, no meio do laboratório reservamos uma área ‘coringa’, já pensando em uma futura expansão com a descoberta de alguma nova molécula”, revela.
“Hoje, a Roche tem em seu pipeline 110 moléculas em desenvolvimento. Muitas avançarão e estaremos prontos para testá-las por aqui”, completa Liana.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/laboratorio-da-roche-investimentos/