Koelnmesse, de feiras, investe no Brasil
valor econômicoA empresa promotora de feiras alemã Koelnmesse está investindo este ano R$ 20 milhões no Brasil para fazer do país base de expansão na América do Sul. O plano da companhia com sede em Colônia é fazer do mercado brasileiro uma das fontes de receita para que as vendas anuais do grupo fora da Alemanha dobrem, de 20% para 40% da receita total, em até cinco anos.
Em 2015 a companhia teve receita líquida de € 315 milhões, crescimento de 12,5% sobre o exercício anterior, sendo 80% desse faturamento apurado na Alemanha, onde o grupo é líder nos eventos dos setores de alimentos, mobiliário, design, bem-estar e estilo. O lucro, de € 30 milhões foi quase o dobro do verificado em 2014.
"No Brasil vamos lançar eventos nos segmentos em que a empresa é forte, como o de alimentos", disse o presidente da Koelnmesse Brasil, Cassiano Facchinetti. Segundo ele, a companhia também fará lançamento de feiras para os setores de games, moveis e design, por exemplo. "Podemos criar novos eventos, do zero, comprar empresas donas de eventos ou ainda buscar parcerias", afirmou.
Um exemplo desse modelo foi a compra da Interfeiras Eventos em São Paulo, dona da feira de moda infantil FIT 0/16, realizada duas vezes por ano. Além dela, a Koelnmesse tem no calendário mais três eventos: a Anutec, de tecnologia, em Curitiba, a Pueri Expo, de artigos infantis, e a Urban Tec, no Rio.
No Brasil, o as empresas do setor faturam R$ 2 bilhões por ano, sendo que as sete maiores dominam um terço desse mercado. A União Brasileira dos Promotores de Feiras estima que esses eventos movimentam - entre vendas de espaços, ingressos de visitantes e serviços de infraestrutura e locação - cerca de R$ 16 bilhões a cada ano em negócios.
Apesar do mercado bilionário, o setor atravessa crise, com retração de 7% nas vendas em 2015. "O mercado sofreu nos últimos dois anos, com redução de orçamento de marketing das empresas em feiras. Espaços e valores caíram", diz o executivo da Koelnmesse no Brasil, admitindo que essa conjuntura torna mais acirrada a concorrência. As líderes no Brasil são as britânicas Reed Exhibition e Informa Group.