27/07/09 10h37

Kitchens amplia fábrica e prevê crescer 15% este ano

Valor Econômico

O ritmo de lançamentos realizados pelas construtoras nos últimos três anos, interrompido no segundo semestre do ano passado devido ao acirramento da crise econômica mundial, vai garantir o crescimento no faturamento da fabricante de móveis projetados Kitchens este ano. Os projetos lançados em 2006 ou 2007 devem ser concluídos entre este ano e 2010, criando possibilidades de negócios para os segmentos de imóveis, pisos e decoração, entre outros.

Com atuação focada na alta renda, a empresa deve repetir este ano o mesmo nível de crescimento apresentado em 2007 e 2008. A Kitchens faturou R$ 148 milhões (US$ 80,9 milhões) no ano passado e espera alta entre 10% e 15% na sua receita em 2009. A expectativa para 2010 é melhor ainda, crescer 20%

O cenário positivo garantiu a manutenção dos investimentos definidos no início de 2008. A empresa está na fase final de um programa de US$ 10 milhões aplicados na modernização e ampliação da sua única fábrica, em Guarulhos (SP), e a construção de três lojas: a de Brasília está pronta, a de Fortaleza deve ser inaugurada em setembro e em dezembro será a vez da nova loja no Rio. O novo maquinário começou a chegar da Alemanha e Itália e promete redução no consumo de água e ganho de 5% no aproveitamento da matéria-prima.

O diretor financeiro da empresa, Américo Ferreira da Silva, diz que a Kitchens não sentiu os efeitos negativos da crise. Ao contrário, acabou beneficiada por ela. "Definimos o investimento, no começo de 2008, com os preços das máquinas cotados em 2007. Quando assinamos o contrato de compra em outubro passado, os equipamentos estavam até 30% mais baratos, já que os fabricantes enfrentavam queda nas encomendas e tivemos mais margem para negociar um desconto." Além disso, Silva conta que a empresa sempre fez seus investimentos com capital próprio, o que a deixa imune a uma eventual escassez de crédito.