Kimberly aproxima-se da lojinha
Valor Econômico - 09/01/2007
Vender papel higiênico Neve, absorvente Intimus e fraldas da Mônica no supermercadinho do bairro, nas farmácias e até no pequeno e despretensioso mercadinho da esquina virou palavra de ordem na Kimberly-Clark. Diante do crescimento do pequeno varejo, a múlti, com sede nos Estados Unidos, definiu um novo desenho estratégico que alterou totalmente sua estrutura interna e modelo de vendas. Depois de um ano estudando o comportamento do consumidor em todos os tipos de canais - revelado em uma pesquisa com mais de mil compradores - a Kimberly definiu o novo rumo: foco no consumidor e no ponto-de-venda. Hoje, a Kimberly está em 206 mil pontos-de-venda e a meta, até 2009, é conquistar mais 50 mil novos estabelecimentos. Para dar suporte à nova estratégia, a Kimberly está investindo US$ 32,4 milhões (em parceria com a construtora Racional e o Banco Pátria) na construção de um novo centro de distribuição em Mogi das Cruzes, que deve ficar pronto em agosto. Hoje, a empresa aluga três centros, além da área de estocagem que mantém na fábrica de Suzano. A rotina de vários departamentos já começou a mudar. A área de vendas, que ganhou uma metodologia específica para as lojas de menor formato, será cobrada por seu desempenho. A contrapartida da Kimberly para ajudá-los nessa tarefa será um aumento de 71% no investimento em ações no ponto-de-venda em 2007. Até 2006, a Kimberly atendia diretamente 850 pontos-de-venda de médio porte. Agora são 1.200 e a meta é chegar a 1.500 em dois anos. A Kimberly faturou US$ 616 milhões em 2005 e esse projeto é um dos pilares para a meta de dobrar de tamanho em três anos.