JSL eleva investimentos para atender demanda

Valor Econômico

A operadora de logística JSL - antes chamada de Julio Simões Logística - negociou no ano passado R$ 2,514 bilhões (US$ 1,5 bilhão) em novos contratos, sendo que a maior parte (R$ 1,3 bilhão / US$ 764,7 milhões) foi fechada nos últimos três meses de 2010. Para fazer frente ao crescimento acima das expectativas das encomendas no quarto trimestre, a companhia decidiu elevar sua previsão de investimentos neste ano em 44,9%, para R$ 710 milhões (US$ 417,6 milhões).

Uma parte significativa dos aportes será destinada à ampliação e renovação da frota do grupo, o que inclui a compra de aproximadamente 2 mil caminhões, conta o presidente da JSL, Fernando Simões. "Já compramos grande parte e outros estão sendo negociados", afirma o executivo, acrescentando que a companhia também planeja adquirir cerca de 6 mil automóveis e 150 ônibus.

A ideia é usar financiamentos e a geração de caixa para custear os investimentos, preservando os recursos captados na abertura de capital da companhia em abril do ano passado, que levantou R$ 477,9 milhões (US$ 271,5 milhões). Do total dos novos contratos, R$ 279 milhões (US$ 158,5 milhões) já foram convertidos em receita ao longo do ano passado. O restante - R$ 2,235 bilhões (US$ 1,3 bilhão)- será faturado até 2021, sendo R$ 383 milhões (US$ 225,3 milhões) estimados para este ano - desconsiderando-se nesse cálculo possíveis reajustes, renovações ou revisões dos contratos.

O desempenho das encomendas está relacionado a um aumento da demanda nos setores de mineração, agronegócio e energia, que, somados, responderam por 76% dos novos contratos. Além disso, a entrada de novos clientes correspondeu a 35% das novas encomendas. Mas Simões comenta que o resultado também repercute a diversificação dos serviços oferecidos pela JSL, que se encaixa com as demandas cada vez mais "customizadas" da indústria.