11/11/10 11h37

JPMorgan quer crescer com oferta de crédito no Brasil

Folha de S. Paulo

"Existe um espaço de crédito no Brasil que, acreditamos, o JPMorgan possa preencher", diz Cláudio Berquó, presidente do banco americano no país. Para Berquó, a união de Itaú e Unibanco e a compra do ABN pelo Santander deixaram uma lacuna para outras instituições financeiras. "Itaú dava crédito para cem clientes e Unibanco para cem, ao se unirem, eles cortam o limite de crédito. Menos bancos concedem crédito no país." Em quais áreas há espaço para ser ocupado? "Em todas" é a resposta.

O banco reforçou a equipe no Rio de Janeiro e vai abrir entre o final deste ano e o início de 2011 uma unidade em Curitiba. Depois virão mais duas, uma no Nordeste, provavelmente em Recife, e outra no interior de São Paulo. A estratégia para avançar é ir atrás de clientes e de talentos, "gente com expertise em crédito e nos clientes. Teremos quase mil pessoas nos próximos dois anos, dois anos e meio", diz. O banco contratou, apenas em 2010, cerca de 200 pessoas para todos os departamentos da instituição.

"As salas de um dos andares do banco não são mais para receber clientes, mas para entrevistar pessoas para trabalharem no banco", conta Berquó. O JP deve crescer neste ano 10% acima da projeção anterior, que era de alta de 5% em relação a 2009. "A combinação de um banco grande que consegue atuar em várias áreas e, agora, com o Gávea Investimentos (JPMorgan comprou 55% da gestora de recursos do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga), vai dificultar para os competidores. Imaginamos ficar bem mais fortes do que éramos", afirma.