JP Farmacêutica amplia produção de soro em SP

Valor Econômico

Ignorando a crise financeira que pouco ou quase nada atingiu o setor em 2009, a JP Indústria Farmacêutica, com sede em Ribeirão Preto (SP), deverá investir cerca de R$ 3 milhões (US$ 1,7 milhões) em 2010 para aumentar em 50% sua capacidade de produção de soro, informou André Ali Mere, presidente-executivo da empresa. Com faturamento estimado em R$ 60 milhões (US$ 34,9 milhões) neste ano, a empresa pretende encerrar 2010 com receita de R$ 80 milhões (US$ 46,5 milhões). O faturamento inclui também os resultados de sua subsidiária, a Olidef, que produz equipamentos hospitalares, parte deles voltados para neonatologia, como incubadoras, por exemplo.

A empresa recém-concluiu nos últimos dois anos investimentos da ordem de R$ 8 milhões (US$ 4,7 milhões) em novas tecnologias. Neste ano, as empresas que atuam nesse segmento tiveram de se adaptar ao novo modelo de comercialização de soro, que antes era aberto, para o sistema fechado. Pelo sistema fechado, as embalagens permitem apenas a introdução de agulhas sem contato com o ar e sem a necessidade de usar tesoura, o que evita possíveis infecções. Entre as cinco maiores do país, a JP Farmacêutica produz, desde o início do ano, cerca de 2 milhões de unidades de soros mensais em sistema fechado e, para 2010, passará a produzir 3 milhões de unidades mensais. A empresa, com 450 funcionários, pretende fazer novas contratações em 2010.

Fundada em 1966, a companhia ampliou a atuação da empresa com linhas de produtos "especiais", destinados à lavagem de ferimentos e instrumentos cirúrgicos, produtos renais e bolsas de sangue. A linha de bolsas de sangue inclui desde bolsas para a coleta e transferência do sangue até bolsas destinadas à coleta, armazenamento e congelamento do sangue do cordão umbilical. Para atender aos requisitos de embalagens destinados ao uso intravenoso e minimizar os riscos de contaminação, a empresa atua conforme regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).