JHSF compra parte de Hotel Fasano e vai ampliar rede
Valor Econômico - 01/12/2006
O Fasano - famoso pelos seus sofisticados restaurantes - vai se internacionalizar. Desta vez, pelo ramo hoteleiro. Em dois anos o sobrenome de origem italiano deverá batizar um hotel em Nova York ou em Londres. Cruzar fronteiras além do eixo São Paulo-Rio só será possível por conta de uma mudança acionária anunciada ontem. A construtora e incorporadora JHSF tornou-se sócia da família Fasano e do empresário João Paulo Diniz no negócio, aportando cerca de US$ 9,2 milhões. Na operação, foi criada a holding Fasano Hotéis e Resorts, da qual a JHSF e a família Fasano detém, juntas, 86,1%. O empresário João Paulo Diniz fica com 14%. Diniz, que há anos é parceiro da família, chegou a ter 64% do negócio hoteleiro, o que incluía a unidade de São Paulo e do Rio (esta com inauguração prevista para março de 2007). O grupo, que fatura US$ 245 milhões, está construindo o Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, com investimentos de US$ 693 milhões. A nova composição acionária sustentará uma ousada estratégia de expansão, que prevê investimentos entre US$ 69 milhões a US$ 92 milhões, em cinco empreendimentos, entre eles a expansão do Fasano São Paulo. A entrada da JHSF na operação motivou mudanças nos negócios da família Fasano. Uma delas se deu na Gero Participações, empresa que reúne os restaurantes - Gero, Parigi, Enoteca Fasano, Casa Fasano, Gero Rio e Gero Café e duas fornerias, uma em São Paulo e outra no Rio. A empresa que tinha quatro acionistas - família Fasano (40%), João Paulo Diniz (36%), Antônio Carlos Lavareda (20%) e Fábio Tranchesi (5%) - e detinha 36% do negócio hoteleiro. A partir de agora, a Gero Participações fica restrita a dois sócios, sendo a família Fasano como o controle (95%) e Fábio Tranchesi (5%). João Paulo Diniz sai da empresa e fica dono das duas fornerias. Ao criar holding Fasano Hotéis e Resorts, Rogério Fasano preferiu unir-se à JHSF, que poderá dar suporte financeiro aos novos empreendimentos. Em 2003, a composição do negócio hoteleiro era diferente. Rogério Fasano chegou a ter 50% e Diniz, 30%. Depois, Fasano foi vendo sua participação ser diluída, por não conseguir acompanhar os aportes de investimentos. Unindo-se a JHSF, Rogério fica com 49% e a construtora, com 51%. Juntos, eles têm 86,1% da holding. Além de tocar os restaurantes da família, Rogério terá papel fundamental no desenho dos empreendimentos hoteleiros do grupo.