JCB diz que vai investir R$ 50 milhões até 2017
Valor EconômicoDesde março no posto de presidente da fabricante de máquinas e equipamentos de linha amarela JCB, José Luis Gonçalves assumiu o cargo com a missão de fazer a companhia continuar crescendo no Brasil e enfrentar o período crítico da indústria da melhor maneira possível.
Hoje, a empresa opera com 20% a 25% da capacidade instalada. Segundo Gonçalves, uma boa condição seria 40% a 50%. O executivo se diz animado sobre as perspectivas do Brasil no longo prazo, embora enxergue um cenário desafiador para este ano. A expectativa é de queda de 20% nas vendas do setor, em valor e unidades. Diz que o primeiro trimestre foi extremamente difícil e que abril foi ainda pior.
Para enfrentar os desafios e incentivar o crescimento da marca no Brasil, a estratégia da JCB passa por três eixos: linha de produtos - sendo que um novo modelo será anunciado ainda neste ano -, investimento para o Brasil se tornar base de exportação à América Latina e expansão da rede de concessionárias, que hoje é formada por 17 grupos em 40 pontos no país.
Para isso, a empresa projeta investimento de R$ 50 milhões nos próximos três anos. Em 2012, R$ 350 milhões já foram investidos na fábrica do interior paulista. Até 2015, foram mais R$ 20 milhões em melhorias. O novo ciclo de investimentos que se inicia neste ano deve ser destinado a localização e melhorias. Mas o executivo já antecipa que, com a desaceleração da economia neste ano, o prazo de execução pode ser revisto.
A fábrica em Sorocaba, com capacidade para produzir 10 mil máquinas por ano, como retroescavadeiras e pás carregadeiras, fabrica dois modelos com a maior parte produzida aqui e que, por isso, podem ser adquiridos pela linha do BNDES/Finame. Outros três modelos ainda estão em processo de localização.
O Brasil representa de 4% a 5% dos negócio global da JCB, que conta com fabricação na Inglaterra e nos Estados Unidos. Para Gonçalves, a recuperação da economia deve ter início em 2016. Ele explica que o caminho é o investimento em infraestrutura e enxerga o ajuste fiscal como um remédio amargo, porém necessário.