16/05/08 11h18

JBS quer que Swift no Brasil tenha mesmo peso dos EUA

Gazeta Mercantil - 16/05/2008

O grupo JBS quer transformar a marca Swift no Brasil em sinônimo de alimento, assim como nos Estados Unidos. Para isso, ontem o frigorífico deu mais um passo visando se transformar em empresa de alimentos, ao lançar mais uma linha de pratos prontos. Com investimento de R$ 2 milhões (US$ 1,21 milhão) na adequação da unidade de Barretos (SP) para a produção e outros R$ 8 milhões (US$ 4,85 milhões) em comunicação e pontos de vendas, o JBS lançou ontem uma linha de sopas (Swift Moments). É a primeira do Brasil em embalagem do tipo "stand up pouch" - com um fecho que abre para despejar em um refratário e esquentar. Não é apenas o pó do produto. Além disso, vem com pedaços de verduras ou carnes. Inicialmente o produto estará disponível nas três capitais do Sul do País, além São Paulo e Rio de Janeiro. Até setembro, Brasília e Belo Horizonte também receberão o produto em 2009, em todo o País. A linha é composta de cinco sabores, em porções de 200 gramas. O diretor de Inovações do JBS, Antonio Zambelli, explica que o "lançamento faz parte de um movimento do grupo de a Swift ser uma marca global". Segundo ele, nos Estados Unidos, a marca é sinônimo de carne e a estratégia da empresa para o Brasil é conseguir uma importância deste tamanho, por meio de outros produtos, que não especificamente a carne. O mercado de sopas desidratadas no País gira em torno de R$ 400 milhões (US$ 242,4 milhões) e a meta da empresa é, em 12 meses, chegar a 5% deste total, na mesma linha que os pratos prontos, cuja linha lançada no ano passado já representa 6% do mercado de cárneos - que movimenta R$ 40 milhões (US$ 24,2 milhões). O público alvo da empresa para este novo lançamento é a mulher jovem e urbana. Segundo pesquisas, 70% dos consumidores de sopas estão nesta faixa. Zambelli lembra que o produto é novo no Brasil e não é fabricado em outras unidades da empresa no exterior - que tem plantas nos Estados Unidos, Austrália, Argentina e Europa. Segundo ele, a produção da unidade de Barretos será remetida para o mercado interno, mas também para a unidade Argentina, que fará a exportação para os países na América Latina.