ITA integra esforço mundial por mais mulheres cientistas
O ValeCom o objetivo de aumentar o número de mulheres nos estudos relacionados ao ramo de Ciência e Tecnologia, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) está participando de um programa mundial para incentivar a inserção feminina neste setor.
Único representante do hemisfério sul, o instituto tem a missão de desenvolver em São José o programa STEM2D para motivar mulheres a ingressarem em cursos de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Matemática, Manufatura e Design.
Segundo Neusa Maria Franco de Oliveira, uma das cinco coordenadoras do programa, 22 alunas do ITA estão trabalhando atualmente para motivar as meninas a atuarem nessa área do conhecimento.
"As alunas vão até as escolas, apresentam a área e mostram os casos de sucessos. Por um processo cultural, as engenharias ficaram muito conhecidas como coisa de homens. Queremos quebrar essa tradição", afirmou Neusa.
Estão participando ainda do STEAM2D seis universidades dos Estados Unidos, uma da Irlanda e uma do Japão.
O primeiro grupo já deve iniciar as atividades neste sábado e todos os resultados serão apresentados ao final do semestre, no dia da engenharia, no próprio ITA.
Ainda de acordo com Neusa, é muito importante para o ramo de Ciência e Tecnologia o ingresso de mais mulheres. "Não é porque este é um movimento mundial que deve ser divulgado, mas sim porque já foi verificado que equipes mistas possuem maior produtividade", afirmou a coordenadora do programa.
Presença restrita. Dados do Censo de Educação Superior divulgado em 2014 apontaram que quando o assunto é ensino superior na área de Ciência e Tecnologia, o público feminino representa apenas 28% do total de alunos nos cursos ligados às engenharias.
Até no próprio ITA, que integra o esforço mundial por mais mulheres cientistas, elas representam apenas 10% do total de alunos. E há turmas que têm apenas uma mulher.