IPCA mantém espaço para juro menor
Valor Econômico - 09/10/2006
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado dos 12 meses terminados em setembro ficou em 3,7%. Foi a quinta vez consecutiva que esse número ficou abaixo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%, mantendo, assim, espaço para novas quedas da taxa básica de juros. Em setembro, o IPCA subiu 0,21%, acima do resultado de agosto (0,05%) e também maior do que o esperado pelo mercado, segundo o último levantamento feito pelo Banco Central: 0,16%. O IPCA acumula apenas 2% de alta no ano, resultado bem menor que o de igual período do ano passado (3,95%). As maiores contribuições para a elevação de setembro vieram dos grupos habitação, que subiu de 0,11% para 0,42%, e despesas pessoais, que foi de 0,96% para 0,89%. Os preços administrados, por sua vez, também causaram impacto na inflação. Em agosto, eles haviam deixado de figurar como principais destaques de alta e tiveram variação negativa de 0,02%. Outra aceleração foi verificada nos preços livres, aqueles não monitorados pelo governo. Eles passaram de alta de 0,09% em agosto para 0,21%. Os preços dos alimentos e das roupas explicam boa parte da recuperação dos livres.