InvestSP: demanda chinesa por produtos brasileiros pode aumentar
Maior parceiro comercial do Brasil, país asiático quer incentivar o consumo interno para atingir crescimento de 5% do PIB
InvestSPA demanda chinesa por produtos brasileiros pode aumentar nos próximos meses. É o que indica relatório da InvestSP (agência de promoção de investimentos do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico), com análises sobre o desempenho do comércio exterior da China no primeiro semestre. A agência conta um escritório em Xangai, que atua para atrair investimento estrangeiro para São Paulo e abrir espaço para empresas paulistas no mercado asiático.
O otimismo está ligado, por exemplo, ao esforço da China para diversificar suas fontes de importações, com o objetivo de driblar sanções impostas pelos Estados Unidos e pela Europa, e de fortalecer as relações com seus principais parceiros comerciais – no primeiro semestre, a China foi o maior parceiro comercial do Brasil, com uma corrente de comércio de mais de US$ 81 bilhões e participação de 28%.
Pesam, ainda, os esforços do governo chinês para incentivar o consumo interno e forçar uma recuperação econômica no período pós-pandemia e alcançar um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% neste ano.
Além disso, com dificuldades para atingir esse número, “a China deve trabalhar fortemente para incentivar as exportações, principalmente de produtos eletromecânicos, que são consideradas essenciais para a recuperação econômica do país”, destaca o diretor da InvestSP em Xangai, Inty Mendoza.
O total de exportações e importações da China no primeiro semestre chegou a US$ 2,9 trilhões, alta de 6,1% na comparação com 2023, indicam dados do governo chinês. As exportações responderam por US$ 1,66 trilhão, enquanto as importações movimentaram US$ 1,24 trilhão.