24/01/12 11h13

Investimentos em renováveis batem recorde

Planeta sustentável

O investimento global em energia limpa alcançou um novo recorde de US$ 260 bilhões em 2011, ou 5% a mais que em 2010, e quase cinco vezes o total de US$ 53,6 bilhões em 2004. O investimento em energia solar foi bem maior que em eólica, e talvez o que seja mais notável foi os EUA terem ultrapassado a China, fato inédito desde 2008. Estes dados são da mais recente análise da Bloomberg New Energy Finance. No ano passado também, cumulativamente, desde 2004, os investimentos em renováveis chegaram a seu primeiro US$ 1 trilhão.

Os números de 2011 são particularmente surpreendentes porque foram alcançados em um ano turbulento para a economia mundial em geral, e para o setor de energia limpa em particular. A indústria sofreu em suas margens, os preços despencaram e houve algumas falências de empresas importantes – além de cortes em subsídios de governos europeus e a redução na disponibilidade de crédito.

Em 2011 o investimento em energia solar cresceu 36%, chegando a US$ 136,6 bilhões. Isto foi quase o dobro do investido em energia eólica. Não é a primeira vez que a Bloomberg New Energy Finance mostra uma sólida vantagem de um setor sobre o outro (em números atualizados com relação a anos anteriores, a energia solar ultrapassou a eólica em 2004 e de novo em 2010), mas é a primeira vez que a distância é tão grande.

Michael Liebreich, CEO da Bloomberg New Energy Finance, disse, segundo o Environmental Expert: “O desempenho da indústria solar fotovoltaica (PV) é ainda mais notável se considerarmos que o preço dos módulos caíram quase 50% durante 2011, e agora estão 75% mais baratos do que em 2008. O custo da tecnologia PV caiu, mas o volume de equipamentos cresceu enquanto o setor ganhou competitividade com outras fontes de energia.”

Na Europa como um todo, o investimento cresceu em 3%, chegando a US$100,2 bilhões, principalmente investidos em energia solar na Alemanha e na Itália e em projetos de energia eólica offshore no Mar do Norte. A Índia teve liderança em termos de crescimento percentual, de 52% (chegou aos US$ 10,3 bilhões). No Brasil, cujos investimentos alcançaram US$ 8,2 bilhões, o crescimento foi de 15%.