13/05/11 11h32

Investimentos de Braskem e Basf vão a US$ 1,25 bi

DCI

A indústria química está em plena expansão no Brasil com investimentos no aumento da capacidade produtiva. Gigantes do setor como a brasileira Braskem e a alemã Basf estão com planos robustos para elevar a produção local de diversos insumos. A primeira prevê aportes que somam R$ 1,6 bilhão (US$ 1 bilhão) e a segunda anunciou um plano de investir 300 milhões de euros (cerca de US$ 400 milhões) na América do Sul, tendo o Brasil como o foco de seus recursos.

A Braskem, que ontem anunciou os resultados do primeiro trimestre, manteve a programação de investimento para 2011. A empresa, que tem como principais sócios a Odebrecht com 50,1% do capital votante, e a Petrobras, com 47% de participação e direito a voto, prevê que os aportes alcancem R$ 1,64 bilhão (US$ 1,03 bilhão). Esse volume, porém, pode aumentar, uma vez que há a perspectiva de aprovação da nova planta de Polipropileno produzido a partir do etanol (PP Verde) pelo conselho de administração da companhia ainda este ano.

De acordo com o presidente da empresa, Carlos Fadigas, essa fábrica não está incluída no programa porque ainda precisa passar pelo crivo dos controladores, mas afirmou que para cumprir o cronograma, de colocar essa unidade em operação em 2013, as obras precisam começar em 2012. Outro projeto de expansão no Brasil é a planta de Butadieno, matéria-prima utilizada para a produção de borracha, que terá uma nova capacidade de 100 mil toneladas. Esse volume aumenta em 30% a produção da petroquímica, para 446 mil toneladas anuais, a partir de 2013.

Para este negócio, a Braskem anunciou que fechou dois contratos de pré-venda ao valor total de R$ 200 milhões (US$ 125 milhões). Com isso, disse Fadigas, a empresa conseguiu a quase-totalidade dos recursos para a construção, que será iniciada este ano e está prevista para custar cerca de R$ 300 milhões (US$ 187,5 milhões).

Por sua vez, a multinacional Basf anunciou que reforçará a atuação na América do Sul com a injeção de 300 milhões de euros em novos projetos e com foco no Brasil. Dentre eles, está a conclusão da nova fábrica de metilato de sódio em Guaratinguetá (SP), sua maior unidade produtiva na América do Sul. A planta terá uma capacidade de produção anual de 60 mil toneladas e o principal objetivo é abastecer o mercado regional. Esta é a segunda planta da multinacional para este produto, a outra fica em Ludwigshafen, em seu país-sede, Alemanha. A empresa não detalhou o valor do investimento na fábrica paulista, afirmou apenas que envolverá um capex que ficará na casa de "dois dígitos de milhões de euros e entrará em operação no início de 2012".

Outro anúncio feito pela empresa em março desse ano contempla um estudo de viabilidade para avaliar as possibilidades técnicas, comerciais e econômicas de operar um complexo de escala global no Brasil, que inclui a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP). As decisões referentes às fábricas a serem construídas e sua respectiva capacidade serão tomadas após o estudo de viabilidade, cuja conclusão está planejada para 2011. "Por meio dos investimentos planejados, a Basf está focando num mercado em franco crescimento", disse, em nota.